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Mostra sobre Patrimônio Imaterial Brasileiro chega a Brasília

13/01/2016
Mostra sobre Patrimônio Imaterial Brasileiro chega a Brasília
(Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)

No dia 27 de janeiro, será aberta ao público a exposição Patrimônio Imaterial Brasileiro – A Celebração Viva da Cultura dos Povos. Realizada na Caixa Cultural Brasília, a mostra – gratuita e livre para todos os públicos – apresenta os 38 bens culturais do Brasil catalogados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo cinco deles declarados Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Por meio de recursos audiovisuais e interatividade, em ambientes recriados e textos didáticos, o público poderá conhecer e vivenciar os bens culturais brasileiros divididos em quatro categorias – Saberes, Lugares, Celebrações e Formas de Expressão.

A mostra, que já passou por Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Recife e São Paulo, chega a Brasília ampliada. A primeira exposição abriu com 30 bens culturais declarados patrimônio imaterial. Ao desembarcar na capital federal, serão 38. Isso porque o Iphan ampliou o Registro de bens culturais do País, tornando a exposição dinâmica e viva e enriquecendo ainda mais o conteúdo do acervo.

Fazem parte da mostra os bens imateriais registrados no Brasil em âmbito nacional: o Ofício dos Mestres de Capoeira e a Roda de Capoeira. Regionalmente, o Teatro de Bonecos do Nordeste, o Cassimiro Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo e Calunga, do Rio Grande do Norte; Babau, da Paraíba; e Mamulengo, de Pernambuco. Do Amapá, a Arte Kusiwa – pintura corporal e arte gráfica Wajãpi. Do Amazonas, a Cachoeira de Iauaretê – lugar sagrado dos povos indígenas dos rios Uaupés e Papuri – e o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro. Da Bahia, o Ofício das Baianas de Acarajé, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano e a Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim. Do Espírito Santo, o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras.

De Goiás, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis. Junto com Tocantins, Goiás compartilha os patrimônios Rtixòkò – expressão artística e cosmológica do Povo Karajá – e os Saberes e Práticas Associados aos Modos de Fazer Bonecas Karajá. Do Maranhão, o Complexo Cultural do Bumba-meu-Boi e o Tambor de Crioula. Minas Gerais contribui para o patrimônio imaterial com o Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas regiões do Serro e serras da Canastra e do Salitre, o Toque dos Sinos e o Ofício dos Sineiros. Minas Gerais divide com São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, o Jongo do Sudeste.

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul têm registrado como bem cultural o Modo de Fazer Viola de Cocho. E somente o Mato Grosso registra o Ritual Yaokwa, do Povo Indígena Enawene Nawe. No Pará, fazem parte do patrimônio o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, as Festividades de São Sebastião na Região do Marajó, o Carimbó e o Modo de fazer Cuias no Baixo Amazonas. Paraná e São Paulo compartilham o Fandango Caiçara. Em Pernambuco, a Feira de Caruaru, o Frevo, o Maracatu Nação, o Maracatu de Baque Solto e o Cavalo Marinho. No Piauí, a Cajuína. No Rio Grande do Norte, a Festa de Sant’Ana de Caicó.

O Rio de Janeiro também marca presença com a Festa do Divino Espírito Santo de Paraty e as Matrizes do Samba no Rio de Janeiro – partido alto, samba de terreiro e samba-enredo. Sergipe tem o Modo de Fazer Renda Irlandesa. E o Rio Grande do Sul completa a lista com a Tava, lugar de referência para o povo Guarani.

O Samba de Roda do Recôncavo Baiano, a Arte Kusiwa – pintura corporal e arte gráfica Wajãpi, o Frevo, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré e a Roda de Capoeira são os bens reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

O que é Patrimônio Imaterial Cultural

Durante 15 anos, o Iphan tem registrado patrimônios imateriais brasileiros. Engloba bens de natureza material e imaterial, incluídos aí os modos de criar, fazer e viver dos grupos formadores da sociedade brasileira. Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas e nos lugares, tais como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas.