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Maceió: Saúde possui equipamento para detecção de tuberculose

06/01/2016
Maceió: Saúde possui equipamento para detecção de tuberculose
Equipamento é capaz de fazer até quatros testes a cada duas horas (Foto: Ascom SMS)

Equipamento é capaz de fazer até quatros testes a cada duas horas (Foto: Ascom SMS)

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) conta com um moderno equipamento para o teste rápido molecular de diagnóstico da tuberculose. O equipamento foi adquirido em 2014 e é fundamental para a detecção precoce de casos da doença, bem como a identificação da resistência à Rifampicina, medicamento utilizado no tratamento.

O Analisador e Extrator de Material Genético para Detecção de Mycobacterium tuberculosis GeneXpert foi doado pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde (MS) e tem capacidade de realizar 400 exames mensais, com resultado disponível em 60 minutos. O aparelho se encontra no II Centro de Saúde de Maceió, localizado na Praça da Maravilha, no bairro do Poço.

Embora a capacidade de realização de exames seja alta, o Centro não realiza essa quantidade de exames, por falta da procura por parte da população.

“Fazemos esse chamamento para que os pacientes com suspeita de tuberculose venham ao II Centro diretamente realizar a coleta para a baciloscopia. O cidadão também pode se dirigir até uma unidade de saúde para que seja feito o encaminhamento das amostras para nós”, explicou Tiago Muniz, diretor administrativo do II Centro.

A máquina só trabalha com o escarro e substitui os testes de baciloscopia nos casos de amostras homogêneas, ou seja, aquelas em boa quantidade e sem a presença de nenhum resíduo, como alimentos, por isso é feita uma pré-seleção do que será analisado por meio do equipamento e o que será feito no modo tradicional.

O equipamento conta com um programa de computador acoplado onde, por meio de um sistema, é possível fazer o cadastro dos usuários. A cada duas horas, a máquina é capaz de gerar quatro resultados. De acordo com Beatriz Jatobá, bióloga responsável pela realização dos testes, a grande vantagem é a sensibilidade para reconhecer amostras positivas. “Na baciloscopia a taxa de sensibilidade é de 60%, já com a máquina essa taxa sobe para 90%”, pontua.

A máquina, por trabalhar com a análise do DNA do material recolhido, proporciona maior precisão nos resultados e auxilia também no diagnóstico de tuberculose de pacientes com HIV. “O soro positivo não consegue produzir secreção em grandes quantidades e pela máquina apresentar uma sensibilidade maior é detectado com mais facilidade do que na baciloscopia”, ressalta a bióloga Beatriz Jatobá.

A bióloga complementa que a Rifampicina é um dos agentes antituberculosos mais conhecidos e essencial para o tratamento dos casos. Porém, muitos pacientes apresentam resistência à substância e por isso é necessário realizar testes antes. “A medicação Rifampicina é a que mais apresenta rejeição, por isso é feita a avaliação e se o paciente for resistente a ela terá que se submeter à acompanhamento médico para fazer a mudança”, afirma.