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Itália cobre nus de estátuas em visita do presidente do Irã

27/01/2016
Itália cobre nus de estátuas em visita do presidente do Irã
Hassan Rouhani concedeu entrevista com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi (Foto: EFE)

Hassan Rouhani concedeu entrevista com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi
(Foto: EFE)

A hospitalidade italiana para a visita do presidente do Irã, Hassan Rouhani, incluiu até a cobertura de estátuas de nus.

Rouhani e o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, se encontraram no museu Capitolino, em Roma, após assinatura de acordos comerciais entre os países.

Mas vários nus expostos no museu foram escondidos para evitar ofender o mandatário iraniano.

A Itália também optou por não servir vinho nas refeições oficiais, um gesto que a França – próximo destino de Rouhani – se recusa a seguir.

Como uma república islâmica, o Irã tem leis severas sobre o consumo de álcool.

Rouhani está em um giro de cinco dias pela Europa, buscando reforçar as relações econômicas após o acordo nuclear que motivou a revogação de sanções em vigor há anos contra o Irã.

“O Irã é o país mais seguro e estável de toda a região”, disse o presidente iraniano a empresários italianos.

O presidente também destacou que o crescimento econômico é chave no combate ao extremismo. “Desemprego cria soldados para terroristas”, afirmou.

Contatos comerciais

Na segunda-feira, o Irã fechou contratos avaliados em 17 bilhões de euros (R$ 70 bilhões) com firmas italianas.

Na terça-feira, Rouhani também se encontrou com o papa Francisco. Segundo o Vaticano, o pontífice pediu ação conjunta entre o Irã e países do Oriente Médio contra terrorismo e o tráfico de armas.

O Irã tem sido acusado de financiar grupos de militantes islâmicos, como o Hezbollah no Líbano.

Rouhani pediu ao papa que rezasse por ele, e presenteou o pontífice com um tapete artesanal.

O presidente iraniano viaja a Paris nesta quarta-feira, quando mais acordos comerciais deverão ser anunciados. O país deve fechar um contrato com a fabricante europeia Airbus para a compra de mais de 100 aeronaves.