(Foto: Grande Prêmio)

Ao que parece, a F1 está voltando atrás na decisão de um aumento drástico no downforce dos carros a partir da temporada 2017 do Mundial. Se confirmada, a informação representa uma derrota de força importante para a Red Bull, que sempre empurrou a F1 nesta direção. Assim, o desejo de aumento da velocidade de cerca de 5s por volta vai obrigatoriamente diminuir.

A informação é do site norte-americano ‘Motorsport.com’. Embora ainda não esteja confirmado, o site garante que as equipes estão bem próximas de baixar as pedidas revolucionárias para o ano que vem.

Se a mudança de planos representa derrota para a Red Bull, é uma vitória para a Mercedes – primeira a ressaltar preocupações com um aumento tão grande do downforce. A proposta previa aumento das asas e um difusor bem maior, o que a Mercedes desconfiou por conta do peso extra que as mudanças fariam os carros colocarem sobre os pneus Pirelli – que também serão novos.

Apesar de a dúvida sobre a Mercedes estar apenas tentando proteger o domínio atual, a Pirelli fez sua própria investigação baseada nas mesmas preocupações – e apresentou seu caso em 17 de dezmebro de 2015 na reunião dos diretores-técnicos. A maior preocupação da fábrica italiana se tratava da pressão menor dos pneus para cuidar do downforce tão aumentado, assim fazendo com que os níveis de pressão massacrem o desempenho e cancelem o downforce.

De acordo com o site, uma nova votação sobre os planos foi tomada pelas equipes. O resultado foi 8 a 3 em favor de diminuir o aumento drástico de downforce. O novo plano em curso prevê a manutenção do tamanho do difusor de 2016 – com o aumento da capacidade também cancelado.

“Depois da última reunião técnica, durante a qual a Pirelli apresentou seus achados, foi decidido pela maioria que o correto era reverter a decisão pelo aumento do downforce antes proposto para 2017. A Red Bull estava muito chateada pelas mudanças”, cita o site como uma afirmação de uma fonte.

Claro que a motivação principal para a mudança de opinião teve segurança como pano de fundo, mas também pode ter sido melhor para as ultrapassagens. Anteriormente, o diretor-técnico da Williams, Pat Symonds, já havia avaliado que o pacote aerodinâmico original de 2017 não iria tornar as ultrapassagens mais fáceis.

“Minha crença é que quanto mais downforce você tem num carro, mais difícil é seguir. E esse carro tem mais downforce. Então, independente de qualquer tipo de sutileza que o Grupo de Trabalho de Ultrapassagens crie, e independente de se alguém acredita neles ou não – e como membro do grupo eu sei dos atalhos que tomamos contra os processos científicos – o fato é que se você tem mais downforce, é mais difícil perseguir. Acho que isso é simplista, mas uma visão real”, falou Symonds.

Com isso, se a esperava-se uma velocidade 5s maior em 2017, algo mais próximo de 3s pode ser mais realista. Mesmo assim, algumas mudanças vão permanecer: a pressão pelo aumento das asas frontais e traseiras vão continuar. Assim como o rebaixamente dos carros e algumas mudanças de intenção estética.