No segundo dia do Território Leitor, representantes de cinco países apresentaram seus planos de livro e leitura (Foto: Lia de Paula/Ascom MinC)

O segundo dia do I Encontro Internacional de Políticas Públicas -Território Leitor, nessa terça-feira (1), em Brasília, começou com um debate sobre experiências governamentais de promoção à leitura em cinco países da América do Sul. Representantes de Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai apresentaram experiências com seus respectivos planos nacionais de livro e leitura.

A primeira exposição foi do anfitrião do evento, o Brasil. O secretário-executivo do Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL), José Castilho Neto, explicou a trajetória do plano. Criado em 2006 por meio de portaria interministerial, o PNLL é resultado de uma parceria entre os ministérios da Cultura (MinC) e da Educação (MEC). O plano tem como base quatro eixos fundamentais: democratização do acesso; fomento à leitura e à formação de mediadores; valorização institucional da leitura e incremento de seu valor simbólico; e desenvolvimento da economia do livro.

De acordo com Castilho, o PNLL esteve “apagado até meados de 2013, mas foi retomado em junho daquele ano com ações em todo o Brasil”. “Hoje, temos em todas as regiões do país um movimento importante de construção dos planos estaduais e municipais de livro e leitura. Nós avançamos, mas os sinais de que eles são insuficientes se tornaram superlativos em 2015”, assinalou.

Ainda segundo Castilho, o projeto de transformar o PNLL em política de Estado (permanente, independentemente de quem esteja no governo) estava na Casa Civil desde maio deste ano com uma versão que tinha aval dos dois ministérios (MinC e MEC). “As dificuldades do cenário político se sobrepuseram ao desejo de enviar ao Congresso Nacional. Ontem, recebi da Casa Civil um texto reformulado e pretendo devolvê-lo o quanto antes para que chegue logo ao Congresso Nacional. Enfim, teremos uma política de Estado para a leitura. Será para esta etapa que convido vocês”, afirmou.

Na sequência, representantes dos outros quatro países também apresentaram um histórico de seus planos de livro e leitura.

Ao final das perguntas dos participantes, pode-se verificar que, em todos os cinco países, os planos nacionais de livro e leitura não são políticas de Estado, mas de governo, e é geral a preocupação que questões pontuais de orçamento e ou conjunturas econômicas adversas possam ter algum reflexo ou ainda impedir a continuidade e a expansão das ações de promoção da leitura.

Programação

A programação do Território Leitor termina nesta quarta-feira, 2. Confira as atividades do dia.

08h30 – Ações do Governo Federal para o livro, leitura, literatura e bibliotecas
• João Brant, secretário executivo, Ministério da Cultura
• Luiz Cláudio Costa, secretário executivo, Ministério da Educação
• Raquel Porto Santori, chefe de gabinete da Secretaria de Reordenamento Agrário do Ministério do Desenvolvimento
• Representante da Secretaria de Inclusão Digital, Ministério das Comunicações
• Senadora Fátima Bezerra

11h – Investidores da sociedade
• Christine Baeta Castilho Fontelles – Representante do Gife e do Movimento por um Brasil Literário
• Luís Eduardo Savatore – Diretor do Instituto Brasil Solidário
• Mediação: Adriana Cybelli Ferrari (Febab) – SP

13h – Almoço

14h – Cooperação Internacional
• Patrícia Reis, representante de Cultura da Unesco Brasil
• Adriana Rigon Weska, diretora regional Organização dos Estados Iberoamericanos
• Gonzalo Oyarzún, presidente do Iberbibliotecas – Chile
• Pilar Pacheco, Bill & Melinda Gates Foundation – EUA
• Mediação: Frederico Maia – assessor do ministro da Cultura

16h30 – Café com Conto de Fadas

16h45 – Território Leitor
• Reflexão sobre a construção do Território Leitor, representantes do novo Colegiado do Conselho Nacional de Políticas Culturais – CNPC e do Conselho Diretivo do Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL
• Volnei Cunha Canônica, diretor da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas – Ministério da Cultura

18h – Encerramento com o grupo Grão de Histórias – (PE)