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Sesau apresenta casos suspeitos de microcefalia à CIB, CIR e COSEMS/AL

22/12/2015
Sesau apresenta casos suspeitos de microcefalia à CIB, CIR e COSEMS/AL

 

Secretária Rozangela Wyszomirska expõe números e ações de combate à microcefalia (Foto: Carla Cleto/Agência Alagoas)

Secretária Rozangela Wyszomirska expõe números e ações de combate à microcefalia (Foto: Carla Cleto/Agência Alagoas)

Os dados sobre os casos de microcefalia em Alagoas e a suspeita de sua relação com o zika vírus foram apresentados pela secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, na segunda-feira (21). A atualização das informações aconteceu durante uma reunião conjunta entre a Comissão Intergestores Bipartite (CIB), Comissão Intergestores Regionais (CIR) e a assembleia do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), realizada no auditório do Conselho Regional de Psicologia, no Farol.

A secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, informou que as notificações recebidas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Alagoas (CIEVS/AL) dão conta do registro de 120 casos suspeitos de microcefalia. Destes, 114 são casos em recém-nascidos e 6 casos intrauterinos.

Os municípios que registram maior quantitativo na origem de notificação são Maceió (42), Santana do Ipanema (30) e Palmeira dos Índios (13). Em relação aos estados brasileiros, Alagoas ocupa a quinta posição quanto ao número de casos suspeitos, ficando atrás dos Estados de Pernambuco (920), Paraíba (371), Bahia (316) e Rio Grande do Norte (140).

Wyszomirska reforçou que os encaminhamentos para os casos de zika vírus continuam e iniciam com a notificação. Ela pontuou que devem ser notificados, no CIEVS/AL ou pelo site do Ministério da Saúde (MS), as gestantes com suspeita de exantema, os fetos com suspeita de microcefalia segundo protocolo do MS, as suspeitas de aborto espontâneo em gestantes com doença exantemática ou zika vírus, os natimortos com histórico dessas doenças.

Outras medidas iniciadas são o treinamento das guardas da Defesa Civil sobre a abordagem no combate ao Aedes aegypti. A secretária de Estado da Saúde falou ainda que a reserva técnica da polícia, assim que tomar posse, também está à disposição para apoiar no serviço junto aos agentes de endemias e de saúde.

“A nossa meta é alinhar forças e esse grupo capacitado está à disposição dos municípios alagoanos”, falou Wyszomirska. Em janeiro, esse grupo vai às ruas de Maceió e também aos 10 municípios em maior gravidade, principalmente durante o período de verão, intensificando assim o combate ao vetor responsável pela dengue, febre chikungunya e zika vírus.

Quanto à assistência, já foram realizadas seis tomografias computadorizadas no Hospital Geral do Estado (HGE) em bebês com suspeita de microcefalia. Nesta segunda-feira (21), mais 12 tomografias foram realizadas também no HGE, unidade que vai receber os 111 casos inicialmente suspeitos. Já as novas ocorrências serão atendidas no Hospital Universitário. Para a confirmação ou descarte dos casos suspeitos de microcefalia, inicia em janeiro de 2016 a avaliação com o neuropediatra.

Durante a reunião, também foram apresentados o protocolo do uso de penicilina na Atenção Básica para a redução dos casos de sífilis, o protocolo de atenção e fluxo de atendimento dos casos de microcefalia, a avaliação de 2015, o Plano Estadual de Saúde, dentre outros pontos de pactuação.