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Microcefalia: 18 casos foram notificados em Alagoas

24/11/2015
Microcefalia: 18 casos foram notificados em Alagoas
A secretária de Saúde Rosângela Wyszomirska, emitiu nota para esclarecer os casos de microcefalia e pedir o apoio da população (Foto: Agência Alagoas)

A secretária de Saúde Rosângela Wyszomirska, emitiu nota para esclarecer os casos de microcefalia e pedir o apoio da população (Foto: Agência Alagoas)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) já diagnosticou 18 casos de microcefalia em Alagoas. A confirmação foi feita pela secretária de Saúde Rosângela Wyszomirska, que esteve na semana passada em Salvador, para uma reunião com gestores de outros estados nordestinos, no sentido de acompanhar os casos de Zika vírus, febre chikungunya e dengue, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegpty, transmissor do Zika e que infecta a gestante durante a gravidez, apontado como possível responsável pelos casos de microcefalia na região Nordeste.
De acordo com o Ministério da Saúde, já são mais de 500 casos de bebês portadores da doença, fato que nunca aconteceu em nenhum outro país do mundo, o que caracteriza uma epidemia. Em nota, a secretária de Saúde Rosângela Wyszomirska, disse que a responsabilidade no controle ao vetor transmissor da doença é dos gestores públicos, mas também da população.
A doença:
A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental.

Geralmente, a microcefalia está presente quando o tamanho da cabeça de uma criança com um ano e três meses é menor que 42 centímetros. Isto ocorre porque os ossos da cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça normalmente.

A microcefalia é uma doença grave, que não tem cura, e a criança que a possui pode precisar de cuidados por toda a vida, sendo dependente para comer, se mover e fazer suas necessidades, dependendo da gravidade da microcefalia que possui e se ela possui outras síndromes além da microcefalia.

Leia a nota na íntegra da secretária de Saúde Rosângela Wyszomirska,:
 

Aos alagoanos!

Em 20/11/2015, estivemos reunidos em Salvador, os Secretários de Estado de Saúde do Nordeste, o Ministro da Saúde, dirigentes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e técnicos de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde da Bahia, para tratar de assuntos de saúde, tendo destaque as arboviroses, como dengue, Zika vírus e febre Chikungunya, em especial devido ao aumento de casos de microcefalia, trazendo à tona a forma como temos enfrentado o mosquito Aedes aegypti, que está entre nós a, pelo menos, 30 anos. Na ocasião os Secretários entregaram ao Ministro um ofício (anexo), fazendo mais um alerta sobre a situação que estamos vivenciando e sobre a necessidade de medidas urgentes e mais efetivas. A situação é grave realmente, principalmente nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte, com características diferentes. No Rio Grande do Norte registram-se, além da microcefalia, outras más formações, incluindo óbito fetal. Aqui em Alagoas estamos recebendo as notificações e investigando os casos para termos uma melhor ideia da situação em nosso território. Os dados são preocupantes, mas precisamos ter cautela, especialmente com a circulação de notícias infundadas sobre o assunto e algumas orientações, que, sabemos, são pouco prováveis de acontecer e produzir resultados eficientes, especialmente no nosso clima. Entendo que a saída é o combate competente do vetor. Uma responsabilidade de todos nós, gestores, técnicos e cidadãos. A Secretaria de Saúde de Alagoas vem há meses preocupada com o aumento de casos relacionados a essa tríplice virose. Temos emitido notas técnicas informando sobre a situação e sobre medidas a serem adotadas pelo setor saúde, além de divulgar, ao máximo possível, as orientações necessárias ao controle do vetor. Temos também realizado e apoiado os municípios com um trabalho de cooperação técnica focado nas áreas com índices mais preocupantes, seja em termos do aumento da suspeição dessas doenças, seja no tocante à manutenção de índices de infestação do vetor fora do mínimo sustentável. A implantação de 11 unidades sentinela, com coleta sistemática de amostras para análise, possibilitou a comprovação da circulação desses vírus no Estado. No entanto, não resta a menor dúvida de que todos nós ainda temos muito por fazer. Com a declaração da situação nacional de emergência em saúde pública, devida ao aumento dos casos de microcefalia, que agora passa a ser de notificação compulsória, elaboramos e divulgamos nota técnica, baseada no protocolo de Pernambuco. E temos atualizado a situação do Estado de forma sistemática, pois há efetivamente uma maior sensibilidade dos profissionais para essas ocorrências, o que aumenta o número de casos registrados, mas precisamos, junto com as vigilâncias dos municípios, proceder à investigação rigorosa de cada caso, para que possamos fazer as vinculações da forma mais precisa possível. Eu e a minha equipe técnica estamos à disposição para fornecer as informações disponíveis e mais atualizadas possíveis sobre a situação que nos atinge a todos, sem alardes, com a cautela que uma situação de emergência exige, buscando a referência técnica e as orientações emanadas do Ministério da Saúde. Vamos avançar no combate ao vetor dentro de nossas casas, nos quintais e nas áreas públicas, com a eliminação dos possíveis criadouros, a proteção de depósitos de água, o cuidado com o lixo. A RESPONSABILIDADE DE COMBATER O Aedes aegypti É DE TODOS NÓS. ROZANGELA MARIA DE ALMEIDA FERNANDES WYSZOMIRSKA Secretária de Estado da Saúde de Alagoas