Cras Sônia Sampaio recebe palestra sobre tráfico humano (Foto: Ascom Semas)

O Centro de Referência em Assistência Social (Cras) Sônia Sampaio, localizado no bairro do Jacintinho, recebeu os alunos do curso de Direito do Centro Universitário Tiradentes (Unit), que levaram ao equipamento social da Secretaria Municipal e Assistência Social (Semas) as atividades do projeto “Tráfico Humano Para a Exploração Sexual”. Mais de 30 pessoas atendidas pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Cras participaram do momento de socialização sobre Direitos Humanos.

Entre os usuários que compareceram estavam as mulheres que formam o grupo feminino do Serviço de Convivência, programa do Sistema Único de Assistência Social (Suas), que oferece atividades complementares de arte, cultura, lazer e esporte a depender da necessidade dos membros de cada família. Além das usuárias, várias crianças, adolescentes e também os idosos atendidos pelo Cras foram convidados e marcaram presença nos esclarecimentos sobre o aliciamento de pessoas para fim de exploração.

“Apesar de ser um tema que não faz parte do cotidiano das rodas de conversas dos grupos do Serviço de Convivência por causa da sua amplitude – o SCFV trabalha temas específicos com cada grupo -, é de extrema importância que o tráfico humano seja tratado com os nossos usuários, principalmente do jeito que foi agora, com todos os gêneros juntos, assistindo as palestras”, disse Ricardo Andrade, coordenador do Cras Sônia Sampaio.

Ricardo lembrou ainda que as famílias que vivem graves situações de vulnerabilidade social ainda são os principais alvos dos aliciadores. “Muita gente pensa que essa realidade (exploração) está longe da gente. Não é assim, pelo contrário, as famílias vulneráveis estão passivas aà prática sim. Um trabalho de esclarecimento, como esse, só vem para agregar valor às atividades sociais que já são desenvolvidas dentro do equipamento”, completou Andrade.

Uma outra avaliação positiva, feita pela equipe técnica do Cras, composta por assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais, diz respeito ao retorno dos usuários, quanto às colocações realizadas pelo grupo da Unit. Na medida em que os tópicos abordados eram apresentados os usuários participavam ativamente, com perguntas e complementação dos pontos abordados.

O evento se encerrou com a divulgação dos números disponíveis para as denúncias que envolvem os casos de violação aos Direitos Humanos, como por exemplo, o Disque 100. Entre os demais assuntos relacionados ao tema e que também são abordados pelas equipes dos Cras estão a violência doméstica, a exploração sexual infantojuvenil e os casos de negligência parental.a