Caetano Veloso e banda se apresentaram durante cerimônia da OMC (Foto: Lia de Paula/Ascom MinC)

Os sucessos Tropicália, Um índio e Alegria, alegria, cantados por Caetano Veloso, encantaram os convidados que prestigiaram, na noite dessa segunda (9), no Palácio do Planalto, em Brasília, a cerimônia de entrega da 21ª edição da Ordem do Mérito Cultural (OMC). A principal condecoração da cultura brasileira premiou, em 2015, 29 personalidades e cinco instituições pelas suas contribuições à cultura nacional.

A relação entre o cantor baiano e o poeta paulista Augusto de Campos tem mais de três décadas. Surgiu do interesse mútuo entre a Tropicália, de um lado, e a Poesia Concreta, do outro. Chegaram a compor músicas juntos, como Pulsar e Dias dias dias.

Ao final da cerimônia, o cantor recebeu a equipe do Ministério da Cultura para uma rápida entrevista, em que falou sobre a importância do prêmio.

MinC: Qual a importância de participar de um prêmio como esse para a cultura brasileira?
Eu fiquei feliz porque o Augusto de Campos seria condecorado e eu queria participar, apresentando algumas coisas relacionadas à obra dele. Gostei muito (da cerimônia) e adorei o discurso do Augusto.

MinC: Na sua visão, como o movimento concretista influencia a produção cultural atual?
Indiretamente muito e, às vezes, diretamente também. Tem muita gente que faz coisas e se sente inspirado pelo que os poetas ditos concretistas fizeram a partir dos anos 1950. Muita gente, indiretamente, é influenciada por pessoas que diretamente foram influenciadas por eles. De todo modo, eles deixaram uma importante marca na história cultural brasileira.

MinC: Como foi tocar aqui no Palácio do Planalto?
Eu gosto muito de Brasília, gosto muito dessa visão da cidade como a cidade do sonho. Eu tinha 18 anos quando a cidade foi fundada e então é algo que gosto. Eu gostei de participar da cerimônia aqui no Palácio. A cerimônia foi ótima, boas pessoas foram condecoradas e eu tive a felicidade de participar.

MinC: Como foi o encontro com a presidenta?
Foi ótima. Ela foi muito simpática. Já tinha me encontrado com ela em outra oportunidade e, desta vez, foi um motivo de celebração. A presidenta falou com entusiasmo da minha obra e do que ela gosta.