Política
‘Brasil ainda é economia muito fechada’, diz Dilma na Colômbia
A presidenta Dilma Rousseff defendeu a abertura da economia brasileira para outros países e disse que é importante que o Brasil não desperdice momentos de dificuldades econômicas e construa formas de crescimento mais robustas. Ao falar a uma plateia de empresários colombianos e brasileiros, ela disse que ambas as economias convivem com desafios semelhantes, que passam pela retomada da perseguição do controle fiscal.
Dilma cumpriu visita de Estado nesta sexta-feira (9) no país vizinho. Antes de divulgar os programas de concessões à iniciativa privada nas áreas de infraestrutura e de energia, ela disse que o encontro significava o “início de um novo caminho”, dada a importância da abertura de relações comerciais.
“O Brasil ainda é economia muito fechada. Nós hoje estamos olhando uma forma de abrir a economia brasileira para o resto do mundo”, disse. Segundo a presidenta, as crises pelas quais o mundo passa, como a redução do crescimento da China e o fim do superciclo das commodities, são “muito dolorosas” para que o país não desperdice a oportunidade de “construir condições não só para a retomada do crescimento, como para conseguir um crescimento mais robusto, mais resiliente, mais ancorado no longo prazo”, disse.
A presidenta discursou no encerramento do Seminário Empresarial Brasil-Colômbia. Mais cedo, durante assinatura de atos entre os dois países, ela havia reconhecido que o potencial das relações entre os dois países está aquém do seu potencial. De acordo com a presidenta, o principal ponto da relação de investimento de ambas as nações, é a “consciência para que conquistemos padrão de desenvolvimento que desejamos para nossa sociedade”.
“O Brasil estimulará, terá muito interesse em que empresas brasileiras venham para a Colômbia. Tudo que pudermos fazer para dar suporte a isso é muito importante. Inclusive olhamos com muito interesse a complementaridade industrial”, declarou.
Ao se referir à fala do presidente Juan Manuel Santos, Dilma classificou como “estimulante” a consideração do colombiano sobre a “necessidade da estabilidade fiscal, da inflação baixa e da busca pela inclusão social com redução das desigualdades e aumento das oportunidades para a população de nossos países”.
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