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EUA e Vietnã celebram 20 anos de reconciliação

07/08/2015
EUA e Vietnã celebram 20 anos de reconciliação
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, cumprimenta o presidente vietnamita, Truong Tan Sang, durante encontro no palácio presidencial em Hanói (Hoang Dinh Nam/Pool/Agência Lusa)

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, cumprimenta o presidente vietnamita, Truong Tan Sang, durante encontro no palácio presidencial em Hanói (Hoang Dinh Nam/Pool/Agência Lusa)

O antigo combatente da Guerra do Vietnã e atual secretário de Estado norte-americano, John Kerry, celebrou hoje (7) em Hanói o 20º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países reconciliados.
“Esta viagem em direção à reconciliação entre os nossos países é verdadeiramente uma das maiores grandes histórias de nações que estiveram em guerra e conseguiram encontrar um terreno de entendimento para construir uma nova relação”, disse John Kerry, em um encontro com o Presidente vietnamita, Truong Tan Sang.
Os dois dirigentes deram um aperto de mão no palácio presidencial, de arquitetura colonial francesa, diante de um busto gigante em bronze do herói da independência Ho Chi Minh.
“Recordamos os progressos realizados desde os primeiros dias difíceis até hoje”, em que Washington e Hanói se tornaram “muito bons amigos”, afirmou o Presidente Sang, invocando uma “visão comum de plena parceria” entre os dois países que se enfrentaram militarmente há quase meio século.
No período em que foi senador, a partir dos anos 1980, Kerry abriu a normalização das relações entre Washington e Hanói, multiplicando as viagens ao Vietnã, até o levantamento do embargo econômico, em 1994, e ao estabelecimento das relações diplomáticas no ano seguinte.
Aos 71 anos, John Kerry tem um percurso marcado pelo seu serviço no Vietname (1967-1970) como comandante de um barco patrulha, mas também se transformou num grande cético do intervencionismo militar desenfreado.
Com os seus interlocutores, Kerry deverá falar sobre saúde, educação, alterações climáticas, segurança regional e direitos humanos, segundo um diplomata do Departamento de Estado.