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Dupla alagoana Divina Supernova lança “Torus” em shows nos Estados Unidos

16/08/2015
Dupla alagoana Divina Supernova lança “Torus” em shows nos Estados Unidos
Divina Supernova (Foto: Arquivo Pessoal/Roberto Fernandes)

Divina Supernova (Foto: Arquivo Pessoal/Roberto Fernandes)

 

A dupla alagoana Divina Supernova embarcou na última terça-feira (11) em uma curta temporada de shows em Nova York, nos Estados Unidos, para apresentar ‘Torus,’ seu mais recente trabalho musical, lançado no final de julho, e o segundo da carreira. Tendo como líderes a vocalista e instrumentista paulista Ana Galganni, e o vocalista e também multi-instrumentista alagoano (de Arapiraca) Júnior Bocão, o duo surgiu há seis anos, quando os dois produziram alguns trabalhos juntos, no Estado de São Paulo.
Sem um estilo musical pré-definido, o som da Divina mistura música brasileira, com a influência das pesquisas que eles fazem, dos gostos musicais pessoais, além de música estrangeira. Na entrevista concedida ao jornal Tribuna do Sertão, a Divina Supernova fala de viagens, projetos e do novo disco.

Tribuna do Sertão (T.S.) Como surgiu a Divina Supernova?
Divina Supernova (D.S.) (Bocão) A Divina Supernova nasceu em São Paulo, em 2009. Nós já trabalhávamos produzindo alguns shows juntos, eu com a Casa Flutuante e a Ana com o Expresso Monofônico. Nesta época, Ana queria que eu produzisse um trabalho solo dela, acabamos nos envolvendo no processo, começamos a namorar e tivemos a ideia de compor juntos o trabalho do primeiro disco. O nome nós decidimos juntos.
(Ana) Nosso trabalho é uma mistura da música brasileira com a influência das pesquisas que fazemos e dos nossos gostos pessoais de música estrangeira. Não temos um estilo definido, preferimos passear por vários deles.

T.S. Quais as maiores influências musicais da Divina e as maiores inspirações na hora de compor novas músicas? D.S (Bocão) Depois de um certo tempo você deixa de pensar numa referência e acaba ficando aberto para o que vier. Compor é um exercício constante, não seguimos alguma regra, apenas sentimos a necessidade de compor e deixamos fluir.
(Ana) A inspiração vem da vida. De um momento de introspecção, de uma frase que nos toca, de um filme que nós assistimos, de coisas que lemos diariamente, de pesquisas que fazemos. Para compor é preciso estar com as antenas ligadas.

T.S. Quantos trabalhos foram lançados pelo grupo? D.S. (Ana) Nosso primeiro CD “Pulsares” foi lançado digitalmente em 2013 e fisicamente em 2014. Foi um trabalho que levou quatro anos pra ser gerado, desde as composições até o CD chegar nas mãos. Temos três videoclipes oficiais, que gravamos nas duas viagens que fizemos para a Europa, em 2012 e 2013.
Nosso novo CD ”Torus” foi lançado agora no dia 28 de julho. Levou bem menos tempo para ser gerado porque foi fruto de uma bem-sucedida campanha de financiamento coletivo que fizemos de fevereiro a abril de 2015. Com a ajuda dos fãs, amigos e familiares, conseguimos o montante necessário para a produção do disco e em breve ele chega da fábrica.

T.S. A indústria fonográfica não facilita o acesso de bandas independentes no mercado da música. Qual a melhor forma de divulgação do trabalho do Divina? Quais os resultados e o público atingido? D.S. (Ana) O foco principal da nossa divulgação é a internet. Trabalhamos diariamente em todos os perfis que temos nas redes sociais, além do nosso site também. O público cresce constantemente e houve um aumento de seguidores agora com o lançamento virtual de Torus.
(Bocão) Mantemos perfis em várias plataformas de música e rádios on-line. A internet é o nosso maior divulgador.

T.S. Vocês estão com um trabalho novo, Torus, recém-lançado nas plataformas digitais. Qual a perspectiva com relação a esse trabalho? Quando vai ser oficialmente lançado, nos palcos? D.S. (Bocão) O CD físico deverá chegar no final de agosto. Em setembro vamos preparar um show de lançamento e estamos com uma boa expectativa de circular mais com este trabalho.
(Ana) A expectativa é grande. Não vejo a hora de tocar as músicas novas e fazer um show completo, com as músicas dos nossos dois CDs.

T.S. Vocês viajaram para fazer alguns hows nos Estados Unidos. Qual o formato desses shows? A viagem faz parte de alguma inciativa pública ou privada, ou é por conta própria? D.S. (Bocão) Serão oito shows e retornaremos no dia 25 ao Brasil. Esta é a segunda turnê que fazemos em Nova York. Como no ano passado, vamos tocar no American Folk Art Museum, Metropolitan Room, Pianos Lounge e The Way Station. Nestes locais, tocamos no ano passado e foi um sucesso. Neste ano, vamos estrear ainda no Delancey, Silvana e Shrine. Estas últimas, (Silvana e Shrine), são especializadas em World Music, e ambas ficam no bairro do Harlem. Além destes, faremos uma festa particular organizada por alguns brasileiros que residem em Nova Iorque.
Diferente do Brasil, nas casas de lá, tocamos apenas nossas músicas, com exceção do show “Brazilian Night”, que faremos com o sapateador Felipe Galganni, irmão da Ana, que reside em Nova Iorque. Este mesmo show já fizemos no ano passado. A novidade é que este ano vamos levar mais gente: Além de nós dois, vão conosco o baterista Leandro Amorim e o técnico e baixista Márcio Brebal. Geralmente gerenciamos nossas turnês por conta própria. Apenas no ano passado tivemos um pequeno apoio da Secretaria de Cultura do Estado, ainda na gestão do Oswaldo Viegas.

T.S. O que significa, para vocês, fazer esses shows fora do Brasil e quantas vezes vocês tiveram a oportunidade de tocar em outros países? D.S. (Ana) Viajamos uma vez por ano desde 2012. Nestes quatro anos de idas e vindas, já tocamos nas cidades de Paris, Toulouse (França), Monthey, Val D’Illiez, Champèry e Bouveret (Suíça) além das casas, em Nova Iorque, que o Bocão citou. Tocar nossas músicas para um público estrangeiro é desafiador e instigante. Faz a gente concluir que estar no palco é basicamente trocar energia com as pessoas, independente da língua que se fala. Claro que nos comunicamos sempre na língua que facilite a comunicação com todos, mas é a energia que a gente emana que vai captar a atenção da plateia.

T.S. O que falta, principalmente em Alagoas, para que o cenário musical seja fortalecido? necessária para que as bandas possam mostrar seus trabalhos ?D.S. (Ana) Falando da música autoral, faltam eventos musicais mais frequentes e com a estrutura técnica o fielmente, como ele é.

(Bocão) Ainda falta mais espaço na programação das rádios e uma maior valorização por parte das pessoas.

T.S. Vocês se apresentam em casas noturnas de Maceió e também no interior do Estado. Dá para viver de música em Alagoas? D.S. (Ana) A partir do momento em que você vive para a música, é possível fazer dela o seu sustento em qualquer lugar, assim como em qualquer outra profissão. Estamos há seis anos aqui em Maceió e só temos a agradecer a todas as pessoas que acreditam no nosso trabalho. Seguiremos investindo no nosso trabalho autoral e circulando o máximo possível com ele.

TS. O que a Divina Supernova falaria para quem quer ingressar no “mundo da música”? D.S. (Ana) Pode soar poético demais, mas quem já sentiu isso, sabe: Quando a música te chamar, siga com ela. Ela sabe aonde quer te levar. Invista no conhecimento, estude, toque com pessoas diferentes, troque conhecimentos, conheça bem seu instrumento, seja ele guitarra, baixo, piano, bateria, voz ou o que seja. Tenha autocrítica para manter a qualidade do seu trabalho e se dê o respeito. Reconheça o seu valor e não faça por menos. Na parte criativa, fique atento ao que seu coração diz. Olhe pra dentro, medite, filosofe, escreva sem se autocensurar, deixe que a sua alma se expresse.

T.S. O jornal Tribuna do Sertão agradece a entrevista e deseja muito sucesso à Divina Supernova.   D.S. Queremos agradecer muito pela oportunidade e convidar a todos os leitores do jornal Tribuna do Sertão para conhecer nossa música, nossos clipes e saber da nossa agenda de shows. Nossos discos estão disponíveis para venda nas lojas: ITunes Store, Deezer, Rdio, Amazon, entre outras.

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