Geral

Apenas o farmacêutico é habilitado para orientar a compra de medicamentos

17/08/2015
Apenas o farmacêutico é habilitado para orientar a compra de medicamentos
Maria do Socorro não dispensa o apoio de um farmacêutico (Foto: Olvial Santos)

Maria do Socorro não dispensa o apoio de um farmacêutico (Foto: Olvial Santos)

    A população deve ter consciência de que o uso irracional de medicamentos, sem conhecimento, sem informação e sem orientação, aumenta os riscos de reações indesejáveis e pode agravar a doença e prejudicar o bolso. O diretor da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Paulo Bezerra, esclarece sobre a importância de apenas receber a orientação do farmacêutico na hora de comprar um medicamento.
As boas práticas na hora de ir à farmácia são reforçadas pela legislação. Isso porque as farmácias de qualquer natureza requerem, obrigatoriamente, para seu funcionamento, a responsabilidade e a assistência técnica de um farmacêutico habilitado na forma da lei. É o que dispõe a legislação (lei nº 13.021/2014) acerca do exercício e da fiscalização das atividades farmacêuticas.
“O mérito da regulamentação é a presença de um farmacêutico na farmácia em tempo integral”, pontuou Paulo Bezerra. Na maioria das vezes, ele é o último profissional a ter contato direto com o paciente, assistindo-o em todas as suas dúvidas antes de dar início ao tratamento. Para Bezerra, a orientação é um processo vital quando se visa à adesão do paciente ao tratamento.
“O farmacêutico é o responsável por dispensar a medicação e ele também orienta sobre dúvidas na prescrição. Também dispensa medicamentos sem consulta médica, em casos simples, como resfriado”, explicou a farmacêutica Vanessa Cavalcante, que há pouco mais de um ano atua em farmácia no bairro do Farol, em Maceió.
“A orientação é para que os pacientes evitem a automedicação. Estamos nas farmácias para tirar as dúvidas e ainda alertar em casos de medicação para pacientes gestantes, hipertensos ou mesmo alérgicos”, frisou a farmacêutica. A artesã Maria do Socorro Cavalcante, por exemplo, é daquelas pacientes que sempre pedem uma ajuda na hora de comprar o remédio.
“Sempre peço ajuda no balcão, principalmente para decifrar a letra do médico que prescreveu o tratamento”, contou Maria do Socorro. “O papel do farmacêutico é realmente importante, porque orienta para o uso correto do medicamento, esclarece dúvidas e favorece a adesão e o sucesso do tratamento prescrito”, acrescentou ela.

Fiscalização – O diretor estadual de Vigilância Sanitária lembrou ainda que apenas o farmacêutico pode conceder medicamento controlado. “A ausência desse profissional na farmácia pode acarretar na compra de medicamento falsificado, contrabandeado, ou mesmo em troca de medicamentos e erros de manipulação”, acrescentou.
Bezerra alertou também que o consumidor deve verificar a embalagem, o prazo de validade e dispensar a nota fiscal com o número do CPF, como comprovante da compra. Já a fiscalização cabe ao município, quando este tem Vigilância Sanitária, ou então a iniciativa fica por conta do estado. As denúncias podem ser feitas pelo número 3315.1473