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Governo recebe líderes de movimentos rurais para tratar de reforma agrária

01/07/2015
Governo recebe líderes de movimentos rurais para tratar de reforma agrária
Segundo o presidente do Iteral, ordens judiciais para a retirada de famílias estão previstas já para este mês, em municípios como Maragogi, Novo Lino e Ibateguara (Foto: Ailton Criz)

Segundo o presidente do Iteral, ordens judiciais para a retirada de famílias estão previstas já para este mês, em municípios como Maragogi, Novo Lino e Ibateguara (Foto: Ailton Criz)

Lideranças de diversos movimentos agrários estiveram reunidas, nesta quarta-feira (1º), no Palácio República dos Palmares, para discutir com o Governo do Estado pautas referentes à reforma agrária.
Os representantes reivindicam a cessão de terras improdutivas pertencentes a usinas que declararam falência, bem como a intercessão do Estado junto ao Poder Judiciário na execução de reintegração de posse em diversos municípios alagoanos.
Durante a reunião, o diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Silva, afirmou acreditar em um desfecho positivo quanto à negociação com o Tribunal de Justiça para a revisão dos prazos das reintegrações de posse marcadas.
Segundo o presidente do Iteral, ordens judiciais para a retirada de famílias estão previstas já para este mês, em municípios como Maragogi, Novo Lino e Ibateguara.
“Diversas famílias se fixaram nestas cidades, começaram a produzir, mas as decisões judiciais podem impedir que elas façam a colheita. Vamos ouvir as reivindicações e articular com o Gabinete Civil uma reunião com o Judiciário para rever os prazos estipulados, ao passo que também iremos analisar as ações de apoio a essas famílias”, explicou Jaime Silva.
Representante do MST de Alagoas, Débora Nunes participou do encontro no Palácio República dos Palmares e ressaltou o compromisso do Estado nas questões agrícolas.
“É um pleito antigo e nós acreditamos em uma atitude positiva por parte do Governo de Alagoas. O grupo que detém boa parte dessas terras de usinas improdutivas declarou falência e nós queremos que essas terras sejam destinadas à reforma agrária. Há, também, preocupação com as famílias atingidas com essas reintegrações de posse, já que e não podem simplesmente voltar para as beiras de rodovias. Precisamos, mais do que nunca, do apoio governamental”, enfatizou.
Além do diretor-presidente do Iteral, a integrante do Comitê Gestor de Conflitos Agrários, Edenilza Lima, representou o Gabinete Civil em nome do secretário Fábio Farias durante reunião com os líderes agrários.
Os movimentos presentes foram o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Unidos pela Terra (MUPT), Movimento Via do Trabalho (MVT) e Terra Livre.