Conhecimento passado aos pequenos serve para ser disseminado de modo geral. (Foto: Arnaldo Santos)

Conscientizar a comunidade escolar acerca dos malefícios que os trotes causam ao correto fluxo de serviços prestados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e ofertar conhecimento em primeiros socorros às crianças e adolescentes. Esses são alguns dos objetivos do Projeto de Extensão Universitária de um grupo de alunos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que foi apresentado durante o Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite) 2015, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió.
A conscientização dos alunos nessa faixa etária de 7 a 17 anos é fundamental para que possamos reduzir o número de trotes do Samu, destacou o gerente do Samu Maceió, Lucas Casado. Segundo ele, o projeto conseguiu reduzir em torno de 15% os trotes realizados durante sua vigência. A secretaria tem dado todo o apoio necessário para que o projeto possa ter continuidade com outros alunos de outros cursos.
O Projeto de Extensão “Samu nas Escolas”, tem como eixo temático: Atenção Integral à Saúde, disse Ana Tojal, assistente social do Samu e uma das autoras do projeto junto com as alunas: Andressa Carolina de Oliveira Mundin, Eika Karollyne Alves Santos, Kathiane Pereira de Jesus, Attie Dalboni França, Camila Oliveira Hansen, Cayo Emmanuel Barboza Santos, Nataly Mayara Cavalcante Gomes, Tereza Angélica Lopes de Assis, além do orientador do projeto, Diogo Nilo Miranda Borba.
De acordo com Andressa Carolina, aluna do 5º ano de medicina da Ufal, o projeto de extensão foca a educação como uma forma mais eficaz para conscientizar alunos a não praticar trote e também multiplicar informações sobre primeiros socorros. “A educação em saúde possibilita a emancipação do sujeito”, explicou.
Na primeira avaliação do projeto, ocorrida recentemente, foram contempladas aproximadamente 600 crianças e adolescentes. A execução do projeto teve início em junho do ano passado com alunos da rede pública e privada de Maceió.
Hoje, o projeto se estendeu para outras universidades e para alunos de outros cursos como enfermagem e serviço social, “o que demonstra o interesse de alunos e também que o projeto está dando certo”, comentou Andressa Carolina.

Na sala de aula

Na última sexta-feira (12), as universitárias colocaram em prática o projeto do “Samu nas Escolas” aos alunos da Escola Santa Rosa. A diretora administrativa, Maria Betânia Calado disse que é fundamental que os alunos aprendam sobre a importância do Samu para comunidade e principalmente tenham noções de primeiros socorros para poderem ajudar os colegas, quando necessário.
A aluna do 7º ano, Renatta Reis dos Santos, 12 anos, disse que gostou bastante de ter participado da apresentação do Samu. Não tinha ideia do que um trote era capaz de fazer. “Além disso, aprendemos como prestar os primeiros socorros a um colega ou a um familiar quando ocorre um acidente com queimaduras, choque elétrico e engasgo. Foi muito bom saber”, comentou a estudante.