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The Last Guardian: equipe rala para game sair o mais rápido possível

23/06/2015
The Last Guardian: equipe rala para game sair o mais rápido possível

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    Quem fez algum “bolão da E3” e arriscou uma tacada de sorte num quase utópico The Last Guardian deve estar rindo de orelha a orelha. Praticamente todos morderam a língua – inclusive nós do Baixaki Jogos em nosso Bingo E3 –, porque o jogo foi anunciado com toda a pompa possível: ele abriu a pré-conferência da Sony, mostrou um longo gameplay e cravou 2016 como ano de lançamento.
Talvez nem mesmo Fumito Ueda, criador do game e artista que trouxe os emblemáticos Ico e Shadow of the Colossus, faça ideia do hype que sua próxima obra carrega. The Last Guardian, senhoras e senhores, voltou a ser realidade, ao menos até o dia 31 de dezembro do ano que vem, se não sofrer adiamentos e “sumir do mapa”.
Em seu estande na E3, a Sony contou com um espaço reservado, a portas fechadas, em que apresentou conteúdos inéditos de Horizon: Zero Dawn, The Last Guardian e Uncharted 4: A Thief’s End, com materiais que estendem o que foi apresentado na pré-conferência da última segunda. Fomos lá conferir tudinho para contar a vocês.

Fumito Ueda: “Nossa equipe está trabalhando duro para que o game seja lançado o mais rápido possível”

A apresentação na qual estivemos trouxe algumas palavras do próprio Ueda com relação ao desenvolvimento do game, que foi anunciado há seis anos e caiu no limbo da desconfiança. O “re-anúncio” naturalmente renova os ânimos, mas, ainda assim, temos um vago 2016 como data de lançamento – e não queremos ser pessimistas, só não desejamos que exista espaço para adiamentos/cancelamentos.
Aparentemente ciente disso, o diretor disse que The Last Guardian está a todo vapor e que a equipe está “trabalhando duro” no título para entregá-lo “o mais rápido possível”. Assim esperamos.

    Conte-me mais!
Vamos ao que interessa: o conteúdo além do que já sabemos da pré-conferência da Sony. A demo se passa momentos antes dos eventos apresentados na segunda-feira e mostra o instante em que o garoto conhece a enorme criatura que se parece com um grifo. O animal tem uma estaca enfincada na barriga, e o menino, que supostamente se chamaria “Trico” – do antigo nome do game, originalmente batizado de “Project Trico” –, remove o objeto.
Ali é criado um elo de amizade entre o garoto e a criatura, e o “entrosamento” entre os dois cresce na medida em que um lava a mão do outro em diversas situações. Em um gesto de gratidão, a primeira coisa que o animal faz, por exemplo, é servir de apoio para o garoto alcançar o topo de uma plataforma. Graças à densa pelagem – e linda, aliás –, o protagonista consegue escalar o animal e chega ao topo para pegar barris e… Alimentar o bichão.

    Exatamente: parece que existe uma mecânica de permuta aqui. Recebeu ajuda, ganhou recompensa, mais ou menos como ocorre com o adestramento de qualquer animal na vida real. A criatura gigante parece gostar de barris e vegetais, e essa busca por “alimentos” faz parte da mecânica do gameplay, que segue a escala linear de Ico.

    Comunicação através de mímica
Após algumas trocas de favores, os personagens chegam ao desfiladeiro apresentado na conferência. A comunicação entre os dois ocorre por mímica, já que se trata de um animal e um garoto – mas é claro que isso pode estar sujeito a alteração em momentos posteriores da experiência.
É aí que está a parte interessante e a participação do seu cérebro para resolver certos puzzles. Aparentemente, se o garoto não fizer os movimentos corretos, utilizar os objetos adequados ou sinalizar ao animal de maneira didática, nada acontece.

No trecho do desfiladeiro, por exemplo, o personagem dá alguns pulos para que o animal entenda o que é preciso fazer: chegar ao outro lado. Daí em diante é aquilo que já conferimos no trailer acima: trabalho em equipe, resolução de enigmas e, é claro, o deslumbre do elo entre o garoto e o animal, que se fortalece ao longo da aventura.

    E aquelas asinhas?
Em momento algum o animal utilizou as curtas asas alocadas em suas laterais, nem mesmo em momentos necessários. É claro que, se as asas estão ali, é porque a criatura sabe utilizá-las e o fará na hora certa, mas é interessante pensar na ideia de que o animal talvez nem saiba usar alguns de seus próprios recursos – porque os desconhece.
Deixar tudo isso solto no ar é uma aposta deliberada da equipe, mas a comunidade não aguentará outro adiamento/ameaça de cancelamento. The Last Guardian tem que ser real e voltou para ficar. O game será lançado exclusivamente para PlayStation 4 em 2016.