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Facebook pode estar monitorando quem colocou arco-íris em sua imagem de perfil
Se você mudou a imagem de seu Facebook no último final de semana para apoiar e comemorar a decisão da Super Corte Norte-Americana em relação ao casamento entre homossexuais, saiba que Mark Zuckerberg está de olho em você. Ao que parece, a ferramenta liberada pelo Facebook que permitia às pessoas fazer a mudança automaticamente tinha segundas intenções bem longe da nobre causa abraçada por milhões.
O site The Atlantic levantou a possibilidade de isso tudo ter sido mais um tipo de experimento da empresa para fins não revelados — e as mais de um milhão de pessoas que adotaram o filtro podem não ter percebido isso. Tudo começou quando um cientista do MIT, Cesar Hidalgo, publicou uma foto sua com as cores do arco-íris e uma mensagem dizendo que aquilo poderia ser mais um experimento da rede social e que ele queria ver quanto tempo levaria para as pessoas voltassem ao normal depois disso.
E, por mais que ele não tenha apresentado nenhuma evidência e que o tom de piada esteja mais do que claro, um porta-voz do Facebook decidiu comentar o assunto. De acordo com William Nevius, a ferramenta não se trata de um experimento ou teste e que todo mundo vê a mesma coisa. Mas será mesmo?
Antes de qualquer coisa: pode ficar calmo. Zuckerberg não está fazendo uma lista separando quem é a favor ou quem é contra o casamento gay. Se a suposição for verdadeira, tudo pode ser apenas mais um experimento social que todos sabemos que é um dos tópicos favoritos dos engenheiros do Facebook.
Segundo o The Atlantic, é bem provável que a empresa tenha se aproveitado da comoção das pessoas em relação ao tema para entender um pouco mais sobre ações coletivas e as mudanças sociais dentro do ambiente digital. Basicamente, eles ofereceram uma forma simplificada de alterar sua imagem de perfil para ver o quanto as pessoas abraçavam uma causa e o quanto ela era fortalecida com isso.
E isso tudo é reflexo de um movimento semelhante que já aconteceu no Facebook há alguns anos. Em 2013, o debate sobre o casamento homoafetivo já havia sido levantado e muita gente colocou um símbolo em seus avatares para representar seu apoio ao tema. Assim, Zuckerberg decidiu aproveitar o mesmo assunto para disponibilizar uma forma mais fácil de fazer essa mudança e, com isso, ter uma base mais concreta de análise dos desdobramentos dessa comoção.
Desse modo, o Facebook segue estudando o impacto que essa organização dentro das redes sociais tem na sociedade. O fato de mais de um milhão de pessoas terem mudado suas fotos deve ter algum impacto político-social — ou é apenas mais um barulho online sem grande repercussão na vida aqui fora.
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