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Região do Agreste vai ganhar Centro de Acolhimento para dependentes químicos

28/05/2015
Região do Agreste vai ganhar Centro de Acolhimento para dependentes químicos
A nova sede fica na rua Barão de Alagoas, 118, no bairro Alto do Cruzeiro, em Arapiraca (Foto: Arquivo Seprev)

A nova sede fica na rua Barão de Alagoas, 118, no bairro Alto do Cruzeiro, em Arapiraca (Foto: Arquivo Seprev)

A partir desta sexta-feira (29), as comunidades do Agreste de Alagoas vão contar com a proximidade dos serviços disponibilizados pela Secretaria de Prevenção Social à Violência. Durante o evento Governo Presente, organizado pelo Governo de Alagoas, vai ser inaugurado o Centro de Acolhimento para dependentes químicos no município de Arapiraca.
A inauguração está agendada para as 19h e marca o início da interiorização das ações de assistência aos dependentes químicos, com a implantação de uma unidade da Rede Acolhe, que antes só tinha sede em Maceió. A estrutura vai ser responsável por receber os dependentes químicos vindos de 50 municípios do interior do estado. Cerca de 15 profissionais vão atuar na nova sede, sendo duas equipes de Anjos da Paz, mais duas equipes que vão ficar responsáveis pela triagem.
“Arapiraca ganha um equipamento para combater a dependência química na região. O Centro de Triagem e os Anjos passam agora a ter uma atenção de proximidade. Considerando os princípios de Governança, definidos pelo governador, proximidade, transparência e ética, a regionalização dá resposta a esse desejo, de proximidade”, explica o secretário de Prevenção Social à Violência, Jardel Aderico.
O gestor esteve reunido no último sábado com a prefeita de Arapiraca, Célia Rocha, e representantes de todos os equipamentos da prefeitura municipal que vão atuar em parceria com a Rede Acolhe, como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Centro de Apoio Psicossocial de Álcool e Outras Drogas (Caps-AD).
De acordo com Jardel Aderico, a inauguração da unidade de Arapiraca traz mais agilidade para a prestação do serviço e ajudará, principalmente, as famílias de pessoas com dependência. “No contexto familiar, a ida para Arapiraca também tem um grande significado. A família ligava e os Anjos tinham que agendar a ida em dois a quatro dias, além do tempo que demora para chegar lá. Estando na cidade, o serviço vai ser prestado de forma muito mais rápida”, completou Aderico.
O dependente químico que busca por ajuda pode procurar os serviços do Centro de Acolhimento. Ele passa primeiro pelo serviço de triagem, onde é feito um levantamento de dados para definir a melhor comunidade para que ele seja encaminhado. Uma equipe multiprofissional também faz uma avaliação médica e psicológica do dependente, que depois é encaminhado.
Apenas para os serviços que vão ser prestados na unidade de Arapiraca, a equipe da Rede Acolhe definiu 18 comunidades para acolher os dependentes químicos. A Rede também vai atuar em parceria com a Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil de Campo Alegre, que tem capacidade para acolher dez dependentes de 10 a 18 anos de idade, de ambos os sexos.
As famílias e dependentes podem entrar em contato pelo número 3539-8441. A nova sede fica na rua Barão de Alagoas, 118, no bairro Alto do Cruzeiro, em Arapiraca.

Anjos da Paz

O trabalho de recuperação de dependentes químicos também envolve equipes formadas por assistentes sociais e psicólogos, que atuam como Anjos da Paz. Elas são responsáveis por visitas domiciliares, ações nas ruas e por oferecerem orientações e apoio às famílias e aos dependentes. Os profissionais passam informações sobre possibilidade de recuperação, serviços de prevenção ao uso abusivo de drogas e também encaminham os dependentes para o Centro de Acolhimento e para as comunidades.
Nesta sexta-feira (29), durante as ações do Governo Presente, Anjos da Paz vão estar em Arapiraca para oferecer o serviço de orientação sobre a dependência química e o vício das drogas. O evento é uma iniciativa pioneira na gestão estadual e levará as secretarias de Estado com ações de cidadania para perto da população.
A Rede Acolhe possui uma parceria com cerca de 30 comunidades acolhedoras, que estão em processo de credenciamento junto ao Governo do Estado. Na comunidade, o dependente químico passa um período de seis meses, acompanhado por um psicólogo e participa de várias atividades com a abordagem sócio-emocional, que permitem levar o dependente a se afastar das drogas. Desde 2010, mais de 12 mil dependentes químicos passaram pela Rede Acolhe em Alagoas.