Geral
Pactuação dos serviços começa a estruturar Rede de Atenção Psicossocial
A Secretaria de Estado da Saúde realizou, nesta segunda-feira (25), uma mesa redonda sobre a Rede de Atenção Psicossocial em Alagoas, durante o encerramento das atividades alusivas ao Dia de Luta Antimanicomial, celebrado no último dia 18 de maio. As discussões aconteceram no auditório do Conselho Regional de Psicologia, no Farol, e contou com a presença da secretária adjunta de Estado da Saúde, Rosimeire Rodrigues.
“O Movimento de Luta Antimanicomial deve perdurar, para que ainda mais ações sejam desencadeadas”, defendeu Rosimeire Rodrigues. Segundo a secretária adjunta, a organização da rede é uma das metas do governo para atender as demandas de uma população crescente de serviços de saúde mental. Isso porque, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada quatro pessoas no mundo, uma adoece por transtorno mental.
“É importante, ainda, que o tratamento seja realizado junto com a família, com o paciente inserido dentro da comunidade”, acrescentou Rosimeire. Para a gestora, o serviço destinado a pessoas com problemas mentais e dependentes de crack, álcool e outras drogas, de acordo com a Política Nacional de Saúde Mental, deve ser realizado em hospitais gerais, e não mais em hospitais psiquiátricos.
Com a pactuação dos serviços por região de saúde, a organização dos leitos nos municípios que são referência em saúde mental vai facilitar o acesso da população.
A secretária adjunta do Estado da Saúde informou que a 3ª e 4ª regiões de saúde já foram pactuadas, logo os leitos de hospital geral tem, respectivamente, referência nos municípios de Colônia de Leopoldina e em Capela. “A meta da Saúde é que a população tenha acesso a 100 leitos de saúde mental até julho”, disse Rodrigues.
Conforme a assistente social da Gerência de Saúde Mental (Gesam) da Secretaria de Estado da Saúde, Caroline Lamenha, a Rede de Atenção Psicossocial de Alagoas possui 15 leitos de Saúde Mental em hospital geral. São, ainda, 55 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), dentre cinco tipos, e 880 leitos em hospital psiquiátrico.
Para a psicóloga da Gesam, Laeuza Farias, a semana de atividades foi mais uma oportunidade de mostrar a importância do Movimento da Luta Antimanicomial e da reforma psiquiátrica.
Planejamento
O psiquiatra Marcelo Kimati participou da mesa redonda enfatizando o papel do planejamento, que deve dialogar com o que realmente está acontecendo na região de saúde.
“O que se percebe é que o planejamento é direcionado de acordo com uma portaria, mas esta portaria não dialoga com a realidade”, pontuou.
O psiquiatra acrescentou que é por meio dos entraves que são apontados os modos de caminhar.
“É preciso entender o que se tem para poder traçar os planos, elencando assim as prioridades”, disse Marcelo Kimati.
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