Comunidades Terapêuticas vão contar com um maior apoio do Estado. (Foto: Paulo Rios/Arquivo)

As ações relacionadas ao trabalho de assistência aos dependentes químicos em Alagoas devem ser reforçadas nos próximos meses. A Rede Acolhe, coordenada pela Secretaria de Prevenção Social à Violência, está retomando a capacidade máxima de acolhimento aos usuários que buscam largar o vício.
A intenção é ampliar as ações de apoio ao dependente químico por meio da abertura de 736 vagas em comunidades acolhedoras credenciadas pelo governo do Estado. “Nós contamos com o engajamento e o compromisso das comunidades acolhedoras parceiras para construirmos uma rede de acolhimento de qualidade”, afirmou o secretário da pasta, Jardel Aderico.
O projeto Acolhe é considerado uma referência nacional na recuperação de dependentes químicos. Neste mês de maio, devem ser liberados recursos vindos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Fecoep) para as comunidades parceiras que participam do programa. Atualmente, Alagoas conta com cerca de 30 instituições na rede. Todas oferecem tratamento gratuito aos dependentes químicos, por meio de ações coordenadas pelo Centro de Acolhimento ligado à pasta de Prevenção Social à Violência.
Outro avanço neste sentido foi a comunicação feita entre as comunidades e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). Na última quarta-feira (13), a Secretaria de Prevenção Social à Violência promoveu uma videoconferência entre representantes do órgão e presidentes das nove instituições de Alagoas beneficiadas com recursos federais. Eles esclareceram dúvidas e garantiram o pagamento das instituições que recebem recursos do governo federal.

Edital

O edital lançado essa semana no Diário Oficial do Estado, que garante a retomada da capacidade de atendimento da Rede Acolhe, vai credenciar as instituições interessadas em acolher pessoas a partir dos 12 anos de idade, em situação de risco decorrente do uso de drogas.
Entre os requisitos que devem ser atendidos pelas comunidades acolhedoras, está a determinação de que o serviço deve ser prestado em regime integral, com um programa de, no máximo, seis meses. Também são exigidas condições básicas da estrutura física do local e qualificação técnica dos profissionais. O edital foi elaborado com vigência de noventa dias, podendo ser prorrogado.
A documentação exigida e os demais requisitos que devem ser atendidos pelas instituições podem ser vistos na íntegra no Diário Oficial do Estado de terça-feira (12). O período de entrega dos documentos já começou e não tem data prevista para terminar.