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Atividades artísticas e culturais encerram Semana de Luta Antimanicomial

22/05/2015
Atividades artísticas e culturais encerram Semana de Luta Antimanicomial
Na programação haverá uma apresentação teatral, oficina de pintura com os usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) de Rio Largo, atividades culturais na Tenda Cultural da Ufal (Fotos: Carla Cleto e Olival Santos)

Na programação haverá uma apresentação teatral, oficina de pintura com os usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) de Rio Largo, atividades culturais na Tenda Cultural da Ufal (Fotos: Carla Cleto e Olival Santos)

O Campus A.C. Simões da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) vai se transformar, nesta sexta-feira (22), num espaço voltado para atividades culturais, oficinas e discussões como parte da Semana Antimanicomial. O evento será iniciado às 8 horas, com debate sobre a Política de Saúde Mental no Brasil. O Ministério da Saúde recomenda uma série de mudanças referentes à assistência aos portadores de transtornos mentais.
Na programação haverá uma apresentação do Teatro do Oprimido, oficina de pintura com os usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) de Rio Largo, atividades culturais na Tenda Cultural da Ufal, com apresentações de dança, música e teatro, oficina construindo pesos de porta: Ressignificando os Pesos da Vida, além de uma sala de cuidados, com ações do Programa de Educação para o Trabalho em Saúde, da Rede de Atenção Psicossocial, e uma roda de conversa sobre saúde mental, drogas e direitos humanos.
De acordo com a gerente de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Paula Vilhena, o processo de transformação longe dos muros dos hospitais psiquiátricos é evidenciado pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), que em Alagoas são 55 unidades. Eles surgiram a partir de 2002, com a Lei 10.216, da Reforma Psiquiátrica, passando a realizar o tratamento dos portadores de transtornos mentais, em substituição ao internamento.
A tendência é que as unidades hospitalares sejam fechadas em todo Brasil, como já vem ocorrendo em alguns estados. Em Alagoas, o hospital Portugal Ramalho deverá se transformar em um hospital para cirurgias e atendimento de clínica geral e psiquiátrica. “Os Caps oferecem um novo tipo de tratamento, trazem um novo olhar e estabelecem a cidadania do paciente, que é acolhido, deixa de ser uma pessoa isolada e passa a conviver com a sociedade e a família”, salienta Paula Vilhena.

Mesa Redonda

Já na segunda-feira (25), no auditório do Conselho Regional de Psicologia (CRP), localizado no bairro Farol, em Maceió, uma mesa redonda discutirá o tema A Rede de Atenção Psicossocial em Alagoas – Construção de uma Nova Prática em Saúde Mental. O evento será iniciado às 8h e terá como convidado especial o doutor em Ciências Sociais da Universidade de Campinas (SP) e diretor de Assistência à Saúde da Secretaria Municipal de Curitiba (PR), Marcelo Kimati Dias.