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Governo alinha plano estratégico com propostas do setor industrial

09/04/2015
Governo alinha plano estratégico com propostas do setor industrial
“Eu volto hoje para a sede do Governo do Estado com um documento da indústria que fortalece minha agenda de trabalho”, declarou Renan Filho, ao acrescentar que é uma determinação dele que todo o secretariado esteja acessível ao setor produtivo (Fotos: Márcio Ferreira)

“Eu volto hoje para a sede do Governo do Estado com um documento da indústria que fortalece minha agenda de trabalho”, declarou Renan Filho, ao acrescentar que é uma determinação dele que todo o secretariado esteja acessível ao setor produtivo (Fotos: Márcio Ferreira)

A mais ampla das discussões entre o Governo de Alagoas e o setor produtivo foi vivenciada nesta quinta-feira (9), na Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA). O governador Renan Filho e a secretária do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Jeanine Pires, ouviram as propostas de 11 segmentos da área industrial.
Apesar da diversidade, muitos temas levantados guardam similaridade. Entre os pontos que agregam boa parte dos segmentos está a concessão de incentivos fiscais, a necessidade de INVESTIMENTOS em infraestrutura e o controle fiscal nas fronteiras. Além da contribuição com o debate, o presidente da Fiea, José Carlos Lyra, fez a entrega de um documento com as propostas reunidas do setor.
O chefe do Executivo exaltou a iniciativa. “Eu volto hoje para a sede do Governo do Estado com um documento da indústria que fortalece minha agenda de trabalho”, declarou. Acrescentou que é uma determinação dele que todo o secretariado esteja acessível ao setor produtivo. “Tivemos uma reunião com um alto nível de profundidade, precisamos andar mais rápido e nos integrarmos mais”, avaliou.
Entre os pontos expostos, o processo de trabalho do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e do Corpo de Bombeiros, no que tange a licenciamentos, foi questionado, a princípio, pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Alagoas (Sinduscon/AL), Alfredo Brêda. “Não entendemos que uma aprovação por parte do Corpo de Bombeiros, por exemplo, seja feita depois de seis meses do pedido protocolado”, reclamou.
Renan Filho admitiu a deficiência, principalmente no que diz respeito ao quantitativo do corpo técnico entre os militares. Sobre o IMA, trouxe novidades. “Nós estamos fazendo um estudo para a elaboração de um zoneamento que permita uma simplificação, mais celeridade no processo. Devemos fazê-lo para todas as áreas”, disse. A pesquisa está sendo feita pelo instituto ambiental.
Outro participante, Frederico Carneiro, vice-presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Cerâmicos do Estado de Alagoas, apontou a sonegação fiscal, originada em produtos de outros estados, como um dos principais obstáculos para o crescimento econômico.
Em resposta, o chefe do Executivo anunciou a construção de dois novos postos fiscais, nas cidades de Novo Lino e Porto Real do Colégio. “Serão muito importantes nesse processo de controle. Faremos outros, mas esses são os principais da BR-101”, afirmou.

Incentivos fiscais

A legislação sobre incentivos fiscais foi alvo de várias intervenções. O governador se posicionou sobre a questão. “Nós temos um emaranhado de incentivos hoje. Estamos discutindo isso. Não é de fácil resolução. Eu garanto no nosso governo é que nós vamos procurar todas as indústrias, que venham para cá incentivadas, que gerem emprego, mas que vendam para o mercado externo. Não podem concorrer com as indústrias locais, com o comércio”, assegurou.
A respeito desse momento de discussão com o setor privado, nos últimos três dias, a secretária Jeanine Pires fez uma avaliação. “Observamos a importância do Governo do Estado estar próximo dos empresários, das entidades que representam os segmentos, sobretudo para ouvi-los, identificar especificamente a demanda de cada um e, ao mesmo tempo, os temas que são comuns a todas as áreas”, ressaltou. A gestora considerou o saldo extramente positivo, de muitos subsídios para o plano estratégico da pasta.
Confira a lista de segmentos envolvidos na discussão desta quinta-feira, com o setor industrial: construção civil; área sucroenergética; laticínios; extração mineral; química e plástico; metal mecânico; vestuário; cerâmica; panificação; gráfica; marcenaria e móveis.