Cidades

Ambulatório 24 Horas ou HGE? Sesau orienta sobre atendimento

09/04/2015
Ambulatório 24 Horas ou HGE? Sesau orienta sobre atendimento
Os cinco Ambulatórios 24 Horas do estado somam uma média de 300 atendimentos por dia  (Foto: Olival Santos)

Os cinco Ambulatórios 24 Horas do estado somam uma média de 300 atendimentos por dia
(Foto: Olival Santos)

    O atendimento à demanda espontânea e, em especial, às urgências e emergências envolve ações que devem ser realizadas em todos os pontos de atenção à saúde. Mas, no momento em que o paciente precisa do cuidado, é comum a dúvida sobre o local ideal para ser atendido, a depender do caso. Quando, então, procurar o Ambulatório 24 Horas ou o Hospital Geral do Estado (HGE)?
De acordo com a diretora estadual de Atenção Pré-Hospitalar, Cristina Calado, cada unidade tem sua função. O paciente deve procurar os Ambulatórios 24 horas nos casos de vômito, diarreia, dores de cabeça, barriga ou ouvido, quando com pequenos cortes, convulsões e crises de asma ou diabetes; e o HGE por motivo de dor no peito, pancada na cabeça, queimaduras, acidentes graves de moto ou carro, facadas e tiros.
“O fluxo para o funcionamento do SUS (Sistema Único de Saúde) deve seguir da Atenção Básica às urgências”, esclareceu Cristina Calado. Isso porque nas urgências é realizado um atendimento pontual, enquanto na Atenção Básica existe um conhecimento prévio da população, registro em prontuário anterior à queixa aguda, o acompanhamento do quadro e o estabelecimento de vínculo, o que caracteriza a continuidade do cuidado.
Foi o que aconteceu com o servidor público licenciado Severino José de Lima, que reside no Feitosa, onde é usuário do Posto de Saúde Paulo Leal para o acompanhamento do seu quadro de diabetes. “Procurei o Ambulatório 24 Horas do Jacintinho porque tive um pico de diabetes”, contou ele, que por conta da doença teve que amputar uma perna ano passado.
“Temos que dar lugar a quem mais precisa”, acrescentou o gari Severino. E mais do que priorizar o atendimento pela classificação de risco, é importante se dirigir ao local adequado, conforme orientou Cristina Calado. “Quando o paciente diabético, por exemplo, vai direto para os serviços de urgência, fica faltando o acompanhamento inicial que é realizado na Atenção Básica, responsável por solucionar 80% das demandas de saúde da população”, frisou.

Urgências

Os Ambulatórios 24 Horas funcionam sete dias por semana. Na equipe multidisciplinar, atuam médico plantonista (clínico, pediatra e cirurgião-dentista – este último profissional está presente no Tabuleiro, Jacintinho e Chã da Jaqueira), enfermeiro, assistente social, farmacêutico e técnico de enfermagem. São unidades de saúde mantidas pela Sesau por meio de processos administrativos para manutenção dos serviços.
Em Alagoas, a população encontra cinco Ambulatórios 24 Horas: o Denilma Bulhões (Benedito Bentes), Assis Chateaubriand (Tabuleiro do Martins), João Fireman (Jacintinho), Noélia Lessa (Levada) e Dom Miguel Fenelon Camara (Chã da Jaqueira).
Essas unidades somam uma média de atendimento de 300 pessoas por dia, sendo que, apenas no primeiro bimestre de 2015, cerca de 70 mil pessoas foram atendidas. Uma das beneficiadas foi a estudante Julia Beatriz, 9 anos, que procurou atendimento no João Fireman devido a dores de estômago e ânsia de vômito. “O atendimento foi rápido e ainda saímos com o medicamento”, disse a mãe da menina, a recepcionista Thaise Bastos.
“A intenção é não congestionar o HGE”, alertou o diretor médico do Ambulatório 24 Horas João Fireman, Elton Jofre Simões. Segundo ele, a população pode recorrer aos ambulatórios nos casos de urgências clínicas, pediátricas e pequenas cirurgias. Alguns exemplos são os casos de vômitos, diarreias, hipertensão e descompensação da diabetes, podendo ficar internado até um período de 9h.