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Reeducandas participam de capacitação na área de construção civil
A Superintendência de Administração Penitenciária (SAP) está investindo em diversos cursos voltados para a qualificação profissional. A meta é preparar os reeducandos para o mercado de trabalho. Para isso, a superintendência investe em uma área em expansão: a construção civil. As custodiadas do Presídio Feminino Santa Luzia participaram do curso de aplicação de revestimentos, que está sendo realizado no Núcleo Senai/SAP, no complexo prisional de Maceió.
Durante o curso, que tem carga horária total de 160 horas, são abordados temas como ética e cidadania, meio ambiente e técnicas de aplicação de revestimentos de cerâmica e argamassa, sendo este último com aulas práticas.
Das reeducandas que iniciaram o curso, apenas 16 irão concluí-lo no sistema prisional. As mulheres que receberam alvará de soltura ao longo das aulas podem continuar a capacitação em uma das unidades do Senai. Ao término do curso, as custodiadas receberão um certificado emitido pela instituição.
Segundo a diretora de Educação da SAP, Genizete Tavares, a educação profissionalizante é uma ferramenta imprescindível para a reinserção social, principalmente para as mulheres reeducandas.
“A área da construção civil é um mercado em crescimento e tem aberto cada vez mais oportunidades para as mulheres trabalharem nas obras. Na área de revestimento, a procura por profissionais mulheres é ainda maior, por serem mais delicadas e econômicas.
Queremos realizar mais capacitações nessa área, pois estando bem preparadas, elas poderão atender a demanda do mercado de trabalho”, disse.
Para o instrutor da área de construção civil Do Senai, Cícero Alapenha, durante as aulas já foi possível notar que algumas alunas têm facilidade para trabalhar com revestimento.
“As custodiadas já participaram do curso de eletricista e acredito que no mês de maio iremos iniciar o curso de pintura de edificações, que também será voltado para o público feminino. Queremos prepará-las para que tenham boas oportunidades quando ganharem a liberdade”, destacou.
A reeducanda Edjane Gomes da Silva cumpre pena há sete meses no Presídio Santa Luzia e é uma das participantes do curso. Para ela, participar da capacitação é uma oportunidade única que está sendo oferecida pelo sistema prisional.
“Nunca tive nenhuma profissão e, por isso, estou agarrando essa oportunidade, mesmo estando reclusa”, disse, acrescentando: “Quando oferecerem outros cursos, continuarei participando para me capacitar cada vez mais, pois descobri que gosto desse tipo de trabalho. Sei que só assim terei meios para buscar uma vida melhor”, finalizou.
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