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Missão técnica espanhola apresenta resultado de cooperação para o Semiárido

13/03/2015
Missão técnica espanhola apresenta resultado de cooperação para o Semiárido

Secretário torce para renovação da parceria com a missão espanhola. (Foto: Márcio Ferreira)

Secretário torce para renovação da parceria com a missão espanhola. (Foto: Márcio Ferreira)

  As alternativas de pesquisa e cooperação para fixar o agricultor no campo e as ações voltadas para o desenvolvimento do Semiárido alagoano foram discutidas nesta sexta-feira (13), durante reunião entre o governador Renan Filho, representantes da Missão Espanhola, Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura e o IABS (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade).
No encontro, foram apresentados os resultados do Programa de Cooperação Cisternas BRA 007-B e um histórico da parceria técnico/institucional que destinou, por meio do Fundo Espanhol de Água e Saneamento (FCAS), R$ 20 milhões em pesquisa e extensão voltadas para a segurança alimentar e hídrica da população além de tecnologia sociais.
“Estamos presentes em 29 países, mas temos uma atenção especial com Alagoas. A agenda da desertificação está na pauta política mundial. E nosso intuito é desenvolver pesquisas e implementar ações de baixo custo e que sejam capazes de transformar a vida daqueles que são obrigados a conviver com as  vulnerabilidades climáticas e sociais do Semiárido”,  explicou Carmen Jover Goméz-Ferrer, chefe do Fundo de Cooperação para Água e Saneamento.
Os avanços obtidos com o programa, que beneficia mais de 200 mil pessoas com instalação de 15.500 cisternas, foram reiterados por Rafael Ruiz de Lira Fuentes , responsável pelas oficinas técnicas da cooperação.
“Alguns projetos implantados são referência internacional no armazenamento de água e na garantia da segurança hídrica em regiões de seca. Mais de mil municípios foram atendidos durante a vigência da cooperação”, complementou Fuentes.
A preocupação em estabelecer parcerias entre países, com foco na autonomia dos agricultores e na inclusão produtiva foi destacada pelo secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos.
“Temos que redobrar a atenção com o sertanejo e alguns  fatores são fundamentais para que essa meta de governo seja alcançada. Precisamos investir em pesquisa e no intercâmbio com países e instituições que apresentem trabalhos consistentes no combate à desertificação”, afirmou Vasconcelos em relação às políticas que contribuem para o fomento de culturas agropecuárias alternativas e viáveis para a região.
O secretário defendeu ainda a importância do trabalho de difusão e integração de tecnologias realizado no Centro Xingó de Convivência com o Semiárido.
“O centro é referência em inovação  e na implantação de práticas sustentáveis em diferentes segmentos à exemplo da ovinocaprinocultura, acesso à água e no cultivo espécies forrageiras. Nossa expectativa é de que essa parceria com a missão técnica seja renovada ”, concluiu Vasconcelos.