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Educação de AL não está condenada a ser a última do país

18/03/2015
Educação de AL não está condenada a ser a última do país
Na avaliação de Luciano Barbosa, Alagoas tem condições de reverter os índices negativos na Educação. (Foto: Adailson Calheiros)

Na avaliação de Luciano Barbosa, Alagoas tem condições de reverter os índices negativos na Educação. (Foto: Adailson Calheiros)

  “Em Educação não se economiza. Em Educação elegem-se prioridades para o investimento correto de recursos.” Responde o vice-governador e secretário de Estado de Educação, Luciano Barbosa, quando questionado, nesta terça-feira (17), sobre as atuais mudanças no sistema de ensino público de Alagoas.
Nesses primeiros meses da gestão do governador Renan Filho, pautas prioritárias como a municipalização da educação, escola em tempo integral, valorização dos coordenadores de ensino, a possibilidade do Passe Livre, cancelamentos de contratos equivocados e mudanças na gestão da segurança escolar, foram mudanças necessárias para o início da valorização que a Educação merece.
De acordo com Luciano Barbosa, Alagoas tem capacidade e pode mudar os baixos indicadores, que a fazem ser o pior estado em Educação, de acordo com o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb).
“A priorização da Educação é uma opção política do nosso governo. Ela tem que ser prioridade para qualquer nação que queira se desenvolver. Temos alguns países para nos inspirar, que fazem da Educação uma prioridade. Não estamos condenados a ser sempre o último estado em Educação do Brasil. Temos muitos problemas, mas precisamos fazer o dever de casa. É preciso que os recursos que já estão no Estado, sejam alocados corretamente”, explica.
Para o secretário, duas coisas são fundamentais: organizar a estrutura física da escola e valorizar o profissional da educação. “Precisamos de professores motivados e bem remunerados. As escolas são do século XIX, os professores são do século XX, e os alunos são do século XXI”, diz Barbosa.
Segundo ele, é preciso colocar dentro da escola o que há de mais moderno. A primeira tarefa da secretaria é realocar os recursos. Para tanto, contratos estão sendo adequados à nova realidade. Pois a estrutura física deve ser um atrativo ao aluno. “Vamos rever a instalação hidráulica, elétrica, retelhamento, dar condições, levar cabeamento, para que as escolas tenham wifi, internet, de acordo com a modernidade,” ratifica.
No que diz respeito à requalificação e readequação do professor, Luciano Barbosa é categórico em afirmar que todo profissional, seja ele de qualquer área, precisa se atualizar e renovar conhecimento. “Assim, também acontece com o professor. Estamos atentos a isso, quer seja na área pedagógica, ou de conteúdo, para passarem o melhor aos alunos e assim, fortalecerem a sociedade”.
Segundo dados da Secretaria de Educação, a maioria dos professores estaduais são monitores. Mas para o secretário, é necessário ter servidores efetivos, com plano de cargos e carreiras, que possam dedicar-se ao exercício da profissão.
“Antes de prever um concurso, estamos ajustando as contas públicas. Já que o governador Renan Filho encontrou um cenário financeiro bastante complicado do governo anterior, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal, principalmente,” ressalta Barbosa.

    Municipalização do Ensino

Se os índices não melhorarem, as crianças e adolescentes não podem conquistar os frutos que o ensino pode gerar, a exemplo da inclusão no mercado de trabalho. Com o processo de municipalização do ensino, a prefeitura tem mais condições de administrar de perto essa gestão.
“Como prefeito de Arapiraca, por oito anos, sei que o ensino fundamental [dos 6 aos 14 anos ] é a base; e nada melhor, do que o município para gerir,” diz Luciano Barbosa.
O ensino de nível médio, no que diz respeito à educação pública tem sofrido bastante. Desde os recursos mal alocados até a gestão dos mesmos. É preciso que os recursos públicos cheguem à escola. Elas são a prioridade da aplicação dos recursos.
O ensino fundamental, junto aos municípios; e o ensino médio com Estado, é possível fazer uma educação de qualidade em Alagoas. Pois cada um estará cumprindo com a tarefa.
“O Estado vai disponibilizar os recursos. O Município vai gerir. Investir na Educação dos professores dos municípios, melhorar a qualidade das estradas, que levam os estudantes, acompanhar convênios de transferência de recursos para melhorar as estruturas das escolas. Fazer uma série de ações que mostrem aos municípios que estamos juntos, que somos parceiros. E, assim concretizar a finalização dos estudos do aluno”, salientou.

Transporte Escolar

O Estado teve que realizar alguns cortes: suspender os contratos de transporte escolar, para realocar recursos. A prioridade é investir os recursos dentro da própria escola. Ele deve ser alocado onde realmente precisa e não com segurança armada.
“O mais importante na Secretaria de Educação, não é o órgão, mas sim as escolas e os alunos. Por exemplo, não adianta nada você levar muitos alunos para uma péssima escola. Se nós não tivermos uma boa escola, a péssima escola não forma ninguém. O apelo pelo transporte escolar existe. Mas administrar é eleger prioridade, primeiro ter uma boa escola. Defendo a municipalização do transporte escolar, pois antes de mais nada vamos economizar 25 milhões”, explicou o secretário.