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Agência de Fomento quer prioridade em crédito para reabrir casas de farinha

12/03/2015
Agência de Fomento quer prioridade em crédito para reabrir casas de farinha

Casas de farinha ainda são um importante instrumento de geração de renda de famílias no interior do Estado; nesta quinta-feira , técnicos da Desenvolve receberam proprietários das pequenas indústrias para discutir alternativas de viabilizar atividade econômica (Fotos: serradabarriga.palmares.gov.bre e Ascom Desenvolve)

Casas de farinha ainda são um importante instrumento de geração de renda de famílias no interior do Estado; nesta quinta-feira , técnicos da Desenvolve receberam proprietários das pequenas indústrias para discutir alternativas de viabilizar atividade econômica (Fotos: serradabarriga.palmares.gov.bre e Ascom Desenvolve)

A viabilização das casas de farinha como geração de emprego e renda em Alagoas foi um dos assuntos discutidos nesta quinta-feira (12) com proprietários das casas e técnicos da Desenvolve – Agência de Fomento do Estado de Alagoas.
Na ocasião, o diretor-presidente da Desenvolve, Antonio Pinaud, recebeu  proprietários de casas de farinha do Agreste alagoano, acompanhados por técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) e do APL da mandioca. Eles solicitaram a liberação de linhas de crédito que ajudem a acelerar o processo de reabertura das casas.
Pinaud informou que, desde que foi convidado a gerir a Desenvolve, a reabertura das pequenas indústrias que viabilizam esta atividade é uma de suas prioridades.
“Essa é uma importante via de geração de emprego e renda em todo o Estado de Alagoas e, portanto, merece atenção e ações urgentes, como a liberação de crédito e assistência técnica”, destacou.
O superintendente de Inclusão Produtiva da Seapa, Israel Moura, informou que o Instituto do Meio Ambiente (IMA) está em fase de avaliação da última das 10 condicionantes para as mudanças técnicas necessárias à reabertura das casas para posterior assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público.
Sensibilizado com o problema enfrentado pelas pequenas indústrias que são de base familiar e chegam a empregar em média 50 famílias, o presidente da Desenvolve disse que mobilizará os quadros técnicos da agência para agilizar os procedimentos necessários para avaliar e liberar o crédito o quanto antes.
Fábio Leão, diretor de Desenvolvimento e Projetos da Desenvolve, esclareceu alguns pontos sobre a questão. “Embora a competência da reabertura não seja da agência, estamos à disposição das famílias, para prestar orientações técnicas quanto ao cumprimento da legislação ambiental necessária para a liberação de funcionamento”, ressaltou, ao completar que se deve levar em consideração o objetivo comum deste governo em fortalecer a agricultura familiar, apresentando soluções sustentáveis.
De acordo com levantamento da Câmara Setorial da Mandioca, as casas de farinha estão localizadas nos municípios de Lagoa da Canoa e Girau do Ponciano. A interdição dessas pequenas unidades inviabiliza o setor produtivo da mandiocultura. “Essas famílias precisam retomar suas atividades urgentemente”, avaliou Antonio Pinaud, baseado na declaração emocionada de agricultores como Manoel Galdino, proprietário de uma das casas de farinha fechadas. “Está muito difícil sustentar a família e obter os recursos para fazer os investimentos exigidos”, explicou o proprietário.