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Lucro da Caixa cresce 5,5% e chega a R$ 7,1 bilhões em 2014

12/02/2015
Lucro da Caixa cresce 5,5% e chega a R$ 7,1 bilhões em 2014
O balanço mostra também que a carteira de crédito comercial atingiu saldo de R$ 190,3 bilhões, evolução de 10,8% em 2014, sendo R$ 94 bilhões em pessoa física e R$ 96,3 em pessoa jurídica (crescimento de 16,2% e 6%)

O balanço mostra também que a carteira de crédito comercial atingiu saldo de R$ 190,3 bilhões, evolução de 10,8% em 2014, sendo R$ 94 bilhões em pessoa física e R$ 96,3 em pessoa jurídica (crescimento de 16,2% e 6%)

O lucro da Caixa Econômica Federal aumentou 5,5% em 2014, em comparação com o ano anterior, com um valor de R$ 7,1 bilhões, e no quarto trimestre do ano o lucro líquido totalizou R$ 1,8 bilhão, 5,1% a mais do que o mesmo período de 2013, segundo o balanço divulgado hoje (12) pela instituição, na capital paulista.
De acordo com o presidente da Caixa, Jorge Fontes Herédia, o resultado se deve “à estratégia exitosa” estabelecida pela direção do banco, que considerou haver grande potencial de crescimento. “Nosso objetivo tem como limite o ano de 2022. Queremos chegar lá como um dos três maiores bancos do país”.
Com essa finalidade, explicou Herédia, a Caixa tem investido, no aumento da capacidade de atendimento, com a criação de mais de 1.400 agências e a contratação de cerca de 17 mil funcionários. “Além disso, completamos nosso portfólio, entrando em alguns mercados com parcimônia. Tínhamos a necessidade de trabalhar com produtos de crédito agrícola, para que as agências nas cidades que têm esse potencial pudessem competir e trabalhar com esses clientes”, disse.
Outra informação do balanço é que a carteira de crédito ampliada chegou a R$ 605 bilhões, um crescimento de 22,4% em 12 meses e 5% no semestre, e foi responsável por 36,1% do crescimento do mercado de crédito nos últimos 12 meses, com participação de 19,8% ao final do ano. O saldo alcançado pelo banco em 2014 chegou a R$ 1,1 trilhão em ativos próprios, 4,5% mais do que no terceiro trimestre e 24% maior do que em 2014.
Segundo os dados, a Caixa contratou R$ 5 bilhões em crédito rural até dezembro de 2014, R$ 3 bilhões a mais do que o registrado no ano anterior. O saldo da carteira somou R$ 4,9 bilhões. De acordo com o balanço, as contratações acumuladas até dezembro de 2014 somaram R$ 502,9 bilhões, 6,8% a mais do que o registrado no período anterior. As operações habitacionais são 25,6% desse total, mais de seis mil novos contratos firmados todos os dias. As contratações em infraestrutura cresceram 11,7%.
No que se refere ao crédito habitacional a Caixa informa em seu balanço que continuou liderando o mercado, com 67,7% de participação e saldo de R$ 339,8 bilhões, aumento de 25,7% em 12 meses. Em 2014 foram contratados 128,8 bilhões, com destaque para os contratos com recursos Caixa/SBPE, que somaram R$ 79,4 bilhões, alta de 13,3% na comparação com 2013. As operações que utilizaram os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) totalizaram R$ 40,9 bilhões e aquelas com outros recursos R$ 8,5 bilhões.
No Minha Casa, Minha Vida foram assinados contratos no valor de R$ 35,9 bilhões, com um total de 389,2 mil unidades habitacionais. Desse valor, 35,6% foram destinados para a faixa 1 do programa, que atende as pessoas com renda até R$ 1,6 mil.
Herédia destacou que, em 2014, a Caixa manteve a qualidade da carteira de crédito, com 80% dela sendo de baixo risco. Os dados mostram que o índice de inadimplência fechou 2014 em 2,56%: “A Caixa está abaixo dos níveis de mercado. Estamos atentos e trabalhando com relação a isso. Foram tomadas providências para acompanhar, controlar e atuar mais forte nisso. Nos próximos meses vamos continuar com a inadimplência baixa e sob controle”.
O balanço mostra também que a carteira de crédito comercial atingiu saldo de R$ 190,3 bilhões, evolução de 10,8% em 2014, sendo R$ 94 bilhões em pessoa física e R$ 96,3 em pessoa jurídica (crescimento de 16,2% e 6%).
O presidente da Caixa explicou que, durante a crise econômica em 2011, o banco enxergou uma boa oportunidade de ganhar mercado: “Usamos as características que já tínhamos mas que podiam ser destacadas com melhores condições e taxas para os clientes. Transformamos o nosso papel como banco público em estratégia de negócio e ocupamos espaço dando crédito para pessoas que poderiam ser beneficiadas, mas não eram por falta de apetite do mercado”.