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Comitê Estadual de Combate à Dengue discute situação da doença em Alagoas

12/02/2015
Comitê Estadual de Combate à Dengue discute situação da doença em Alagoas
Rozangela Wyszomirska reforçou que é necessário um trabalho integrado entre o governo e a população no combate à dengue (Foto: Olival Santos)

Rozangela Wyszomirska reforçou que é necessário um trabalho integrado entre o governo e a população no combate à dengue (Foto: Olival Santos)

A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, voltou a registrar aumento no número de casos em Alagoas. Para combater o avanço da doença, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) realizou, nesta quarta-feira (11), em sua sede, a primeira reunião do Comitê Estadual de Combate à Dengue de 2015.
O encontro contou com a presença da secretária de Estado da Saúde Rozangela Wyszomirska e integrantes de Organizações Não Governamentais (ONGs), da sociedade civil organizada, a exemplo da Capitania dos Portos, Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, Polícia Militar de Alagoas, Corpo de Bombeiros e representantes municipais do interior.
A titular da pasta da saúde estadual reforçou que é necessário um trabalho integrado entre o governo e a população para que o combate à dengue seja eficaz. “O poder público deve atuar em parceria com a população, que deve sempre cumprir o seu papel de cidadão, agindo para a destruição dos criadouros do mosquito”, destacou a secretária.
Rozangela Wyszomirska ressaltou que, entre as ações obrigatórias para o controle da infecção, destaca-se a proteção de caixas d’água, cisternas e poços. Também é importante limpar calhas, vedar recipientes de vidro e acondicionar o lixo em sacos plásticos, além de nunca deixar pneus expostos, usar cloro em piscinas e lavar pratos de vasos de plantas, colocando areia e evitando plantas que acumulem água.
“Os gestores municipais devem realizar sua parte, ampliando o alcance da Atenção Básica. Isso porque, cabe aos agentes de endemias realizar visitas nas residências e o monitoramento dos casos suspeitos”, ressaltou a secretária estadual.
Durante a reunião do comitê, foi registrado o aumento de casos suspeitos e confirmados na região do Alto Sertão alagoano, com 755 casos confirmados no período de 1º de janeiro a 10 de fevereiro. A diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, destacou que as cidades de Mata Grande (265 casos), Major Isidoro (301 casos), e Ouro Branco (80 casos) encontram-se em situação epidêmica e as cidades de Inhapi e Junqueiro estão em situação de alerta.

Febre Chikungunya

Ainda durante a reunião, o infectologista da Sesau Celso Tavares lembrou que os mesmos cuidados com a dengue devem ser aplicados à febre Chikungunya que também é transmitida pelo Aedes aegypti. “A febre Chikungunya possui um menor índice de mortalidade, porém é caracterizada por sintomas mais incapacitantes, que incluem dores nas juntas dos pacientes, vermelhidão e inchaços que podem durar meses”, explicou o médico.
De acordo com dados divulgados pela Sesau, nesta quarta-feira (11), não foi registrado nenhum caso da febre Chikungunya em Alagoas. “Pernambuco e Bahia já registraram casos da doença e é apenas uma questão de tempo para que a doença chegue ao Estado. Por isso, a necessidade de combate e prevenção por parte de toda a sociedade”, salientou Celso Tavares.