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Papa Francisco pede luta contra “as formas modernas de escravidão” em 2015
O papa Francisco pediu nesta quinta-feira (01/01) que as pessoas “lutem contra as formas modernas de escravidão”. “Todos somos chamados para ser livres, todos para ser filhos e, cada um de acordo com sua responsabilidade, a lutar contra as formas modernas de escravidão”, disse o pontífice durante missa que celebrou no Vaticano na Jornada Mundial da Paz.
O papa considerou, em seu discurso por ocasião da realização da 48ª edição da Jornada Mundial da Paz, que as “poucas” oportunidades de trabalho contribuem para a aparição de formas de escravidão moderna.
Esta mensagem foi antecipada já em 12 de dezembro pelo Vaticano e nela o papa diz que as empresas devem oferecer a seus empregados “condições de trabalho dignas e salários adequados” e critica como forma de opressão moderna “a corrupção dos que estão dispostos a fazer qualquer coisa para se enriquecer”.
O papa menciona como causas da “escravidão moderna” a pobreza, o subdesenvolvimento e a exclusão, combinadas com a falta de acesso à educação e “com uma realidade caracterizada pelas poucas, por não dizer inexistentes, oportunidades de trabalho”.
O papa criticou o capitalismo em sua mensagem, dizendo que a corrupção “ocorre quando no centro de um sistema econômico, está o Deus dinheiro e não o homem, a pessoa”.
Como formas de escravidão moderna, o pontífice aponta a prostituição e o tráfico de órgãos e destaca que “o direito de toda pessoa a não ser submetida a escravidão nem a servidão” deve ser “reconhecido no direito internacional”.
O papa Francisco se refere em sua mensagem aos “muitos imigrantes que, em sua dramática viagem, sofrem com fome e são privados de liberdade”.
Imigrantes que “após uma viagem duríssima e com medo e insegurança, são detidos em condições às vezes desumanas”.
Por fim, Francisco se referiu “aos conflitos armados, à violência, ao crime e ao terrorismo” para dizer que são “outras causas da escravidão”.
E insistiu em que “muitas pessoas são sequestradas para ser vendidas ou recrutadas como combatentes ou exploradas sexualmente, enquanto outras se veem obrigadas a imigrar, deixando tudo o que possuem”.
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