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Programa Mais Cultura leva estudantes da rede estadual ao palco do Teatro de Arena

20/12/2014
Programa Mais Cultura leva estudantes da rede estadual ao palco do Teatro de Arena
Escolhido, desenvolvido e produzido pelos próprios estudantes, o espetáculo vai discutir sobre o bullying no ambiente escolar (Foto: Valdir Rocha)

Escolhido, desenvolvido e produzido pelos próprios estudantes, o espetáculo vai discutir sobre o bullying no ambiente escolar (Foto: Valdir Rocha)

  O palco do Teatro de Arena receberá, no próximo domingo (21), às 17h, 21 estudantes da Escola Estadual Dra. Eunice de Lemos, do Benedito Bentes, com o espetáculo “Réu ou juiz”, numa parceria com o Projeto Mais Cultura nas Escolas Biu2. Com o tema “Em busca de um território de Paz”, o objetivo é promover conhecimento, integração e desenvolvimento social aos jovens, a partir da cultura, do teatro, artes e outras mídias.
Escolhido, desenvolvido e produzido pelos próprios estudantes, incluindo a trilha sonora, e sob a direção do agente cultural Alex Walker, também responsável pelo projeto, o espetáculo vai discutir sobre o bullying no ambiente escolar, retratando aspectos do cotidiano estudantil. Durante ensaio realizado nesta sexta-feira (19), na escola, Alex Walker da unidade destacou a importância do projeto para a comunidade e as expectativas para a apresentação de domingo.
“Pretendemos levar emoção, informação e reflexão ao público, com uma mensagem rica, extraída das vivências e visões do cotidiano da escola e também do nosso bairro”, salientou o diretor. “Nosso bairro é considerado pelo Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] e o Ministério da Justiça como um território de paz, onde é preciso implantar e promover a cultura da paz; esse é fruto de um trabalho colaborativo, onde os próprios alunos foram criando textos e trabalhando os personagens em oficinas específicas, a partir do tema também proposto por eles”, observou Walker.
Ele aponta as expectativas do grupo pela segunda etapa, prevista para o próximo ano, que consiste na produção de um documentário apresentando as reais necessidades da escola.
Para a coordenadora do projeto, Irene Batista Lima, o projeto resulta em alunos mais presentes e mais comprometidos com os estudos, com a escola e com a comunidade, além de reconhecimento de outras Instituições, como o Unicef, a partir da Plataforma dos Centros Urbanos (PCU), em Brasília.
“Estamos muito satisfeitos com os resultados. Numa comunidade marcada pela violência, é muito importante poder estar desenvolvendo e disseminando a cultura de paz. Percebemos o resultado disso no comportamento deles no dia a dia. E isto também tem gerado outras oportunidades, como a participação da PCU, onde fomos representados por dois estudantes da nossa escola”, disse Irena.
Totalmente envolvidos no espetáculo, os estudantes falaram da emoção e da oportunidade de apresentarem-se no palco do Teatro de Arena, bem como  a importância do projeto para a vida.
Odilon Matheus, um dos líderes do grupo, disse que é muito gratificante o trabalho desenvolvido, porque ajuda na melhoria do convívio na comunidade, principalmente para os jovens da sua faixa etária, promovendo aprendizado que, segundo ele, levará para o resto da vida.
Já conseguimos aumentar em 40% o número de alunos às quintas-feiras, que tinha uma frequência baixíssima. E domingo nossa expectativa é a melhor possível”, comemorou Matheus. “A arte, assim como o esporte, muda o olhar e a vida do jovem. E nós aqui no Eunice respiramos cultura. Além deste espetáculo, desenvolvemos outro projeto, o Quinta Cultural, onde multiplicamos nosso aprendizado com outros alunos, apresentando e trazendo apresentações culturais para a escola”, ressaltou o líder.
O estudante Thiago Maciel também não escondeu a emoção e a ansiedade para a apresentação. Ele é um dos que representaram a escola em Brasília. “É uma experiência muito boa, onde aprendemos a nos expressar melhor em público, além do conteúdo, que traz ensinamento para toda vida. Esta é minha segunda experiência, mas a primeira no teatro. Estou ansioso para saber como o público vai reagir”, afirmou Maciel.
O espetáculo é aberto ao público e a entrada é franca.