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OAB participa da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra em Alagoas

19/12/2014
OAB participa da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra em Alagoas

 f79   A Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra em Alagoas  realizou  a primeira reunião nesta quinta-feira (18).  Formada pelo Instituto do , Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da  Universidade Federal de Alagoas e Ordem dos Advogados do Brasil subsecção Alagoas, através da Comissão de Defesa das Minorias, o objetivo da comissão é abrir o livro da história alagoana, especificamente nas páginas que tratam da escravidão do negro no Estado.
O presidente da Comissão Defesa das Minorias da OAB, Alberto Jorge Ferreira, o Betinho; Representantes do Instituto do Negro, Jeferson  dos Santos e Davi José e a representante do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Ufal, Clara Suassuna.
De acordo com Betinho, a ideia é a partir dos levantamentos históricos legitimar as políticas públicas de reparação para população negra e criar formas de indenizar essa população pelos danos causados pela escravidão.
“Um dos papéis da OAB é aproximar a comissão junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas, que possui um vasto conjunto de documentos jurídicos sobre esse período no Estado. Queremos ter acesso a esse material e mais tarde ampliar a divulgação disso para que a população conheça sua história”, disse Betinho, que também afirmou que este será um trabalho minucioso de levantamento histórico.
Sobre a possibilidade de indenização para a população negra, o representante do instituto do negro, Jerferson dos Santos, afirmou que ainda é preciso estudar de que forma isso será realizado. “Primeiro temos que identificar as famílias escravizadas e as famílias que escravizavam, o que sabemos ser bastante complicado pelo lapso temporal. Mas quando as ações civis indenizatórias chegarem podemos criar um fundo ou mesmo direcionar os valores para entidades que trabalhem com a questão”, declarou.
Durante a reunião ficou acertado que um dos primeiros passos da comissão é nomear uma equipe de investigação, que será comandada pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Ufal e Departamento de História, também da Ufal. “Essa equipe trabalhará nos primeiro levantamentos  de documentos  que tivermos a disposição e paulatinamente ir aprofundando a pesquisa que baseará as ações da comissão”, afirmou Betinho