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Mais de 100 grupos culturais repudiam indicação de Mellina

26/12/2014
Movimentos culturais contestam indicação de Melina para a Cultura

Movimentos culturais contestam indicação de Melina para a Cultura

O sentimento de revolta e insatisfação uniu mais de 100 grupos culturais alagoanos numa ação conjunta. Representantes dos mais diversos segmentos culturais, artistas, técnicos e militantes de todas as regiões do estado se organizaram numa grande rede batizada de MOVA – Movimento Cultural Alagoano, que nasce com o objetivo de representar os interesses coletivos do setor.
Em sua primeira atividade, o MOVA publica uma carta de repúdio à indicação de Mellina Freitas para a pasta da Secretaria de Estado da Cultura. O documento foi enviado para o governador eleito Renan Filho, e também foi transformado numa petição pública que colhe assinaturas por meio da plataforma Avaaz.
A carta expressa o estarrecimento que tomou conta da comunidade cultural desde a última segunda-feira (22), quando Renan Filho anunciou os nomes que irão compor seu secretariado. Imediatamente, a imprensa repercutiu a escolha da ex-prefeita de Piranhas, Mellina Freitas, para a pasta da cultura. Diversas reportagens nos principais veículos de comunicação resgataram seu envolvimento num grande esquema de desvio de recursos públicos durante a administração da prefeitura. O montante desviado chegaria próximo dos R$ 16 milhões, segundo o Ministério Público Estadual. A nomeação não chocou apenas a imprensa. Também a comunidade artística reagiu com revolta à notícia.
No documento, o grupo ainda chama atenção para a inadequação técnica de Mellina como gestora cultural. “A senhora Mellina Freitas é apresentada como escritora, Bacharel em Direito e membro da Academia Maceioense de Letras, tendo publicado dois livros. Entre outras realizações da ex-Prefeita de Piranhas, são expostas a fundação de um grupo de chorinho e outro de xaxado e a aquisição de uma canoa. Não desmerecendo as ações, apelamos ao bom senso: elas não gabaritam a senhora Mellina Freitas a gerenciar uma Secretaria de Estado da Cultura. Nenhuma das realizações atribuídas a Mellina Freitas constitui o que se pode classificar como POLÍTICA CULTURAL”, diz o texto.