Política

Paulão critica violência contra jovens negros alagoanos

20/11/2014
Paulão critica violência contra jovens negros alagoanos

 Paulaoooo   Em discurso no plenário da Câmara, nesta quarta-feira (19), o deputado Paulão (PT/AL) denunciou os altos índices de criminalidade em Alagoas, onde as maiores vítimas da violência são os jovens negros da periferia. Para ele, este é um assunto que deve ser lembrado na passagem do Dia da Consciência Negra, comemorado nesta quinta-feira (20).
“Amanhã será lembrado o assassinato de uma das maiores lideranças internacionais no campo etnicorracial, que é Zumbi dos Palmares. Alagoas tem o seu berço na Serra da Barriga, que é um memorial internacional, mas,  ironicamente, no mapa da violência é o Estado que tem o maior índice de violência, principalmente em relação à juventude negra”, destacou.
Conforme Paulão, em Alagoas os programas do governo federal “Juventude Viva” e “Brasil Mais Seguro” não tiveram a eficácia desejada, sobretudo pela incapacidade do governo estadual, no sentido de promover ações na área de Segurança Pública ou em qualquer outra área.
O deputado observou, ainda, que uma das causas dos índices  recordes de mortes são os chamados “autos de resistência”, quando confrontos com policiais não  são  investigados. Por isso, Paulão disse que apoia o projeto de lei que acaba com os “autos de resistência”. A proposta prevê a investigação das mortes e lesões corporais cometidas por policiais durante o trabalho. Atualmente, esses episódios ficam sem esclarecimento, acobertados pelos autos de resistência.
Na ocasião, o petista afirmou seu apoio a 16 entidades alagoanas que lançaram,  no último dia 10, a carta “Basta de assassinatos na periferia”. As entidades cobram políticas de prevenção à violência com inclusão, cultura e educação; além de mudança na política de guerra às drogas  e apuração de homicídios de três jovens, ocorridos no  bairro do Jacintinho, em Maceió, em 30 de setembro deste ano.
A carta é uma iniciativa da sociedade, através de organizações como o Centro de Estudos e Pesquisas Afro-Alagoano (CEPA) e entidades culturais, que reivindicam também a desmilitarização da Política Militar e o fortalecimento do programa “Juventude Viva” como política pública de Estado.