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Alagoas celebra a história da liberdade no Quilombo dos Palmares
Diversos grupos de capoeira, danças e religiões de matrizes africanas manifestaram, na quinta-feira (20), a influência do povo africano na história brasileira. A celebração do Dia Nacional da Consciência Negra foi realizada no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares. O evento foi realizado pela Fundação Cultural Palmares, com apoio do Governo de Alagoas.
As comemorações celebraram as lutas de liberdade dos ancestrais negros. Para o diretor da Fundação Cultural Palmares, Alexandre Reis, também foi momento de discutir a atuação contra a desigualdade social, preconceitos e violência. “É um momento histórico que celebra a luta por liberdade e pelo fim da escravidão. Mas também é a ocasião de tratar questões presentes como a desigualdade social no Brasil, violência sofrida pelos jovens negros e o preconceito”, afirmou o diretor.
Todos os anos centenas de pessoas sobem à Serra da Barriga. O percurso de 9 km demonstra os caminhos dos escravos refugiados. O professor de capoeira Torinha todos os anos sobe a Serra com seus alunos. “A gente sobe cantando, sentindo a energia do dendê. No quilombo conhecemos mais da historia do guerreiro Zumbi e trocamos conhecimentos com outros capoeiristas”, disse o professor.
A concentração de diversos grupos religiosos de matrizes africanas harmonizou o ambiente. Os cortejos feitos pelos ailorixás e babalorixás saudaram Zumbi dos Palmares com danças, cânticos e flores. “O Parque Memorial Quilombo dos Palmares é o maior palco que representa a ideologia da liberdade. Alagoas é o berço da liberdade. Hoje é um dia da celebração, mas a consciência negra está presente todos os dias”, destacou Pai Célio.
Unidade Móvel em defesa das mulheres quilombolas
Durante a cerimônia foram entregues títulos de Cidadão Amigo do Parque, homenagens às personalidades negras de Alagoas e as comunidades quilombolas. O evento também contou com a presença da Unidade Móvel Especializada de Defesa da Mulher. “Realizamos atendimento às mulheres em situação de violência doméstica, além disso, orientamos sobre a Lei Maria da Penha”, relatou Isabel Maia, coordenadora da unidade móvel da violência das mulheres.
A unidade móvel equipada para atividade em lugares de difícil acesso conta com uma equipe multidisciplinar. “Estamos equipados para chegar a lugares com difícil acesso com equipe de advogados e psicólogos. Vamos às comunidades quilombolas e no Dia da Consciência Negra viemos atender na Serra da Barriga”, disse a coordenadora.
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