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Ações integradas aos municípios educam como prevenir e tratar o diabetes

11/11/2014
Ações integradas aos municípios educam como prevenir e tratar o diabetes
De acordo com a endocrinologista da Sesau, Luciene Gama, quanto maior a resolutividade na atenção primária à saúde, melhor a qualidade de vida da pessoa acometida pelo diabetes

De acordo com a endocrinologista da Sesau, Luciene Gama, quanto maior a resolutividade na atenção primária à saúde, melhor a qualidade de vida da pessoa acometida pelo diabetes

O Brasil é o quinto país a apresentar maior incidência em casos de diabetes e, segundo o Ministério da Saúde, 54 mil brasileiros morreram em 2010 em função da doença. Em Alagoas, a situação não é menos preocupante, de acordo com a endocrinologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Luciane Gama. Ela diz que enfermidade se trata de uma doença crônica de evolução epidêmica, provocada por vários fatores que incluem a hereditariedade, sedentarismo, obesidade e hábitos alimentares inadequados.
O dia 14 de novembro foi instituído pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo grande número de casos em todo o mundo. Em Alagoas, a data também tem o objetivo de chamar a atenção da população sobre prevenção e tratamento adequado para evitar complicações mais severas, a exemplo de amputações e cegueira. Para tanto, a Sesau encaminha para os municípios alagoanos materiais educativos sobre como a população deve lidar com a doença.
“A doença triplicou no mundo nos últimos 20 anos e em Alagoas o número também cresceu”, advertiu Luciane Gama. A endocrinologista acrescenta ainda que os tipos de diabetes que mais preocupam é o 2 – hereditária – que geralmente começa aos 40 anos de idade e o indivíduo tem a falência parcial do pâncreas em produzir insulina. É em decorrência disso que se dá o aumento gradativo da glicose no sangue.
O tipo 1 não está relacionado à hereditariedade, é autoimune e a medicina ainda não descobriu a origem. “No diabetes tipo 1 há falência total do pâncreas e ele não consegue mais produzir insulina”, explicou Luciane, acrescentando que há ainda o diabetes secundário, provocado por acidentes, em que o indivíduo perde parte do pâncreas. De acordo com ela, para prevenir a doença, a pessoa deve evitar a obesidade, fazer atividades físicas regularmente e adotar hábitos alimentares mais saudáveis.
Luciane Gama aconselha às pessoas predispostas à doença a evitar alimentos com excesso de gordura e açúcar, consumir aqueles mais à base de fruta e os menos industrializados. “Para não evoluir para a cegueira ou amputações, o indivíduo deve controlar as taxas de glicose e se conscientizar de que precisa mudar os hábitos de vida. Se é sedentário terá de fazer exercícios diários e adotar uma alimentação balanceada e saudável”, salientou Luciane, lembrando que alguns pacientes precisam de apoio psicológico para enfrentar a mudança na qualidade de vida.
De acordo com ela, quanto maior a resolutividade na atenção primária à saúde, melhor será o resultado e a qualidade de vida da pessoa acometida pelo diabetes. Essa ação é de responsabilidade dos municípios, e compreende em iniciativas com foco na educação permanente, diagnóstico precoce e tratamento imediato, associado à garantia de exames laboratoriais, medicamentos e insumos.