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Plano de agricultura sustentável é implantado em Alagoas

23/10/2014
Plano de agricultura sustentável é implantado em Alagoas

Secretário José Marinho: “Parceria de órgãos e associações será fundamental para multiplicar ações propostas pelo Estado na prática sustentável da agropecuária”; abaixo, coordenador de Manejo Sustentável do Ministério, Elvison Nunes, afirma que renda líquida dos produtores aumenta em três ou quatro vezes com agricultura sustentável (Fotos: Paulo Rios)

Secretário José Marinho: “Parceria de órgãos e associações será fundamental para multiplicar ações propostas pelo Estado na prática sustentável da agropecuária”; abaixo, coordenador de Manejo Sustentável do Ministério, Elvison Nunes, afirma que renda líquida dos produtores aumenta em três ou quatro vezes com agricultura sustentável (Fotos: Paulo Rios)

  As práticas utilizadas na atividade agropecuária são decisivas para a obtenção de melhores resultados não só na produção, mas para o meio ambiente. A sustentabilidade na agricultura foi apresentada e debatida por técnicos ligados à área e produtores do Estado no Seminário de Sensibilização do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), realizado na quarta-feira (22) pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal).
A iniciativa busca implantar o plano elaborado pelo Governo Federal no Estado para a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa. Durante o seminário, os órgãos assinaram a portaria que cria o Grupo Gestor Estadual  em Alagoas (GGE/AL), responsável pelo início dos trabalhos em prol das metas propostas pelo plano setorial nacional, com vista na realidade local.
Com capacitações, acompanhamento técnico e facilidades de financiamento oferecidas pelo Banco do Brasil e o BNDES aos produtores locais, o projeto prevê a disseminação das técnicas da agricultura sustentável por meio do trabalho conjunto entre órgãos parceiros. As práticas de baixo carbono nas propriedades rurais devem cumprir os compromissos assumidos pelo Brasil na 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15).
“Com as práticas da agricultura sustentável, a renda líquida dos produtores aumenta em três ou quatro vezes. Além disso, trazem resultados ambientais, sustentáveis. Para isso, é preciso que o plano chegue ao produtor rural com toda a assistência necessária”, destacou o coordenador de Manejo Sustentável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e responsável pela implementação do Plano ABC no Brasil, Elvison Nunes Ramos.
Segundo Ramos, os produtores que queiram aderir ao plano devem apresentar um projeto ao banco para ter acesso à linha de crédito. Cerca de 10 milhões em financiamento já foram liberados pelo governo federal para produtores alagoanos. A meta nacional é a liberação de 4,5 bilhões para todo o Brasil, com mais de 90 mil produtores beneficiados e recuperação de cerca de R$ 15 milhões de hectares de pastagens degradadas.
“Os órgãos locais têm papel fundamental na construção do plano estadual, que deve atender às necessidades da realidade local com alinhamento às metas nacionais. A participação dessas instituições gera compromisso para que dê certo”, explicou.
O secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, José Marinho, acredita que a parceria da Faeal, das associações de produtores e demais órgãos parceiros devem atuar como multiplicadores das ações propostas pelo Estado para a prática sustentável da agropecuária.
“São práticas simples e que dão ótimos resultados. Desde o primeiro momento abraçamos o plano e já começamos a articular o acesso dos produtores às diversas oportunidades da prática agrícola sustentável”, disse.
De acordo com Marinho, diversas ações foram elencadas para o plano estadual e apresentadas durante o seminário, como recuperação de pastagem degradada, fixação biológica de nitrogênio no solo, implantação de sistema de integração entre pecuária e floresta e tratamento do dejeto de animais para produção de biogás.