Brasil

PF inicia paralisação de 72 horas nesta quarta-feira (22) em todo Brasil

22/10/2014
PF inicia paralisação de 72 horas nesta quarta-feira (22) em todo Brasil

pfEscrivães, papiloscopistas e agentes da Polícia Federal começam nesta quarta-feira (22), uma paralisação de 72 horas em protesto à edição da Medida Provisória 657/14, que torna o cargo de diretor-geral da PF função exclusiva de delegados. O movimento começou no final da tarde desta terça-feira (21), com atos públicos para anunciar a greve em frente às unidades da PF.

No Rio de Janeiro, os atos estão agendados para as 18 horas na sede da Petrobras para reforçar as denúncias de corrupção na empresa. A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) afirma que a greve afetará pelo menos dezessete Estados na quinta-feira e sexta-feira. “A paralisação não atingirá o atendimento ao público, outra vítima dessa MP absurda, que representa um retrocesso. O governo nos traiu, quebrou o acordo que fez com os EPAs (escrivães, papiloscopistas e agentes) de nada editar durante os 150 dias de negociação que só terminam em novembro.”

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) classificaram como injustificável a paralisação. “É motivo de preocupação entre os delegados de Polícia Federal que a boa imagem da instituição perante a sociedade brasileira seja comprometida por um movimento grevista inoportuno com finalidade nitidamente eleitoreira”, afirmou em nota a associação dos delegados.

Na Bahia, a mobilização acontece a partir das 16h30 desta quarta, em frente à Superintendência Regional da Polícia Federal localizada na Avenida Oscar Pontes, no bairro de Água de Meninos. Os agentes protestam contra a alteração na lei 9.266, assinada pela presidente Dilma Rousseff no último dia 13, que inclui a definição de que a Polícia Federal é parte da “estrutura básica” do Ministério da Justiça. A greve é realizada, ainda, por conta do não cumprimento do acordo assinado com o governo federal, no final da greve de 2012, onde havia sido prometida a modernização da carreira na PF e o reconhecimento das atividades realizadas por todos servidores, ainda regidos por leis da época da ditadura militar.

Fonte:  redação com agências