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Hospital Geral do Estado mantém corredores vazios há três meses

20/10/2014
Hospital Geral do Estado mantém corredores vazios há três meses

Corredores vazios, assistência organizada e novos investimentos estão transformando o HGE em um Hospital de Urgência e Emergência de qualidade, e já é possível ouvir elogios dos pacientes e sentir os servidores mais motivados (Fotos: Ascom HGE)

Corredores vazios, assistência organizada e novos investimentos estão transformando o HGE em um Hospital de Urgência e Emergência de qualidade, e já é possível ouvir elogios dos pacientes e sentir os servidores mais motivados (Fotos: Ascom HGE)

  É cena comum, nos hospitais públicos de emergência de todo o País, encontrar os corredores lotados de macas, pacientes sem assistência adequada e muitas vezes deitados no chão. Em Alagoas, por muitos anos, o Hospital Geral do Estado (HGE) foi tratado como “matadouro” por reproduzir essa mesma realidade. A superlotação não era surpresa para quem buscasse atendimento naquela unidade, mas esta realidade parece ter ficado no passado.
Corredores vazios, assistência organizada e novos investimentos estão transformando aquela unidade de saúde em um Hospital de Urgência e Emergência de qualidade, e já é possível ouvir elogios dos pacientes e sentir os servidores mais motivados.
O Hospital Geral do Estado investiu, nos últimos seis anos, na qualidade da oferta dos serviços prestados aos alagoanos e tem avançado na humanização da assistência. “Hoje a unidade hospitalar conta com 356 leitos e o atendimento só vem se aperfeiçoando. A rede de urgência e emergência foi reestruturada, e o aumento dos leitos de retaguarda nas unidades de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) já é uma realidade”, afirma a diretora do hospital, Verônica Omena.
Os avanços na unidade hospitalar são confirmados por meio dos corredores do hospital, há mais de 30 anos vistos como indicadores de um hospital superlotado. “Somos uma unidade de portas abertas, e a população sabe que será atendida. Por isso, sempre trabalhamos acima da capacidade instalada. No entanto, o corredor também já não está como antigamente. É claro que ainda temos pacientes em macas, o que não é uma situação ideal, mas os corredores estão praticamente vazios há pelos menos três meses”, ressaltou Verônica.
A médica acredita que o credenciamento do Hospital Geral no programa SOS Emergência tem auxiliado avanços de qualidade nos serviços. O programa, iniciativa do Ministério da Saúde para qualificar o atendimento aos usuários do SUS nas emergências, está investindo R$ 3 milhões no HGE. O intuito é reduzir as filas e o tempo de espera, melhorando a qualidade do atendimento.
Outra ação realizada pelo Governo do Estado e que foi fundamental para este novo momento foi a inauguração, em dezembro, da Unidade Hospitalar Especializada Irmã Dulce, que garantiu mais um reforço na assistência à saúde no SUS. O espaço conta com 99 leitos divididos em UTIs – Geral e Pediátrica –, Centro Cirúrgico e Centro de Tratamento de Queimados.
A área destinada aos queimados ganhou um centro cirúrgico totalmente equipado. A Pediatria conta com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com dez leitos, Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), que possui seis leitos, sala de medicação, consultórios pediátricos, área destinada às mães e aos pacientes com cadeiras e mesas, além da sala de ludoterapia, com livros e brinquedos variados. São 33 leitos de internação.
Desde setembro do ano passado, o HGE conta com uma unidade satélite do Centro de Patologia e Medicina Laboratorial (CPML), que atende exclusivamente aos pacientes do estabelecimento hospitalar. “Com a implantação desta unidade, houve mais agilidade nos exames, que são realizados imediatamente após a prescrição médica”, explica a diretora.

    Especialidades

As áreas especializadas, como a de Ortopedia e a Vascular, têm se tornado destaque em Alagoas. Antes da criação da área de Ortopedia, os pacientes politraumatizados do HGE que necessitavam de procedimento cirúrgico, principalmente vítimas de acidente de moto, eram encaminhados para o Hospital Carvalho Beltrão, em Coruripe.
“Com o setor ortopédico, as cirurgias estão sendo realizadas na própria unidade hospitalar, e os pacientes recebem toda a assistência em uma ala exclusiva”, relata a diretora do hospital. Os procedimentos cirúrgicos endovasculares foram iniciados em abril e já é possível observar uma redução de aproximadamente 50% do tempo de internação dos pacientes vasculares.
O Serviço Vascular atua no diagnóstico e tratamento de doentes que apresentam problemas na circulação arterial, venosa e linfática. Atualmente, realiza angiografias diagnósticas e cirurgias endovasculares, com procedimentos minimamente invasivos, todos com cobertura do SUS. Antes da implantação do serviço, o HGE realizava, em média, 98 cirurgias vasculares. Em agosto, o hospital realizou 210 cirurgias.