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Após acordo, banda Paragolé fará apresentação em Palmeira no dia 13 de dezembro

01/10/2014
Após acordo, banda Paragolé fará apresentação em Palmeira no dia 13 de dezembro
foto: Edson Silva

foto: Edson Silva

O Ministério Público ajuizou ação civil pública para resolver o caso que causou grande repercussão no início do ano em Palmeira dos Índios, onde um bloco carnavalesco não desfilou no pré-carnaval da cidade, por que a banda contratada se recusou a tocar alegando não ter recebido o dinheiro acordado. A briga resultou no cancelamento do desfile e centenas de foliões não puderam se divertir, e ainda não receberam o dinheiro pago pelos abadás. Mas nesta quarta-feira (01), finalmente, após a tramitação do processo na justiça, as partes chegaram a um acordo que foi homologado pelo juiz Geneir Marques de Carvalho Filho, onde ficou determinado a realização de um novo show com a banda Parangolé no dia 13 de dezembro de 2014, em Palmeira dos Índios. Aqueles que já adquiriram camisa para o show que não foi realizado em fevereiro deste ano terão direito a entrada vip. A audiência foi finalizada com a sentença homologatória do acordo. Nos próximos dias serão divulgados mais informações a respeito do novo show.

Relembre o caso

Na segunda noite do pré-carnaval palmeirense realizado no dia 25 de fevereiro de 2014 o Bloco Nikoloco, organizado pela iniciativa privada não desfilou nas avenidas da cidade.
Com a concentração marcada para às 20 horas, mais de 1,5 mil foliões que compraram os uniformes do bloco, os chamados “abadás”, à R$ 50 cada, não puderam brincar o pré-carnaval, por que o cantor Léo Santana e a banda contratada “Parangolé”, de Salvador (BA), decidiram não mais se apresentar na festa.

Mais de 20 mil pessoas estavam nas ruas esperando que o trio passasse com os integrantes do Nikoloco.
Segundo informações dadas à reportagem o cantor e banda se recusaram a participar do evento porque a quantia cobrada para o show não foi paga integralmente pela comissão organizadora do bloco. Dos R$70 mil cobrados em contrato pelo Parangolé, ficaram faltando R$10 mil.

O prefeito da cidade James Ribeiro (PSDB) teria se comprometido ainda a complementar o dinheiro restante, mas, de acordo com informações, os empresários da banda não confiaram na proposta.
Outras informações colhidas pela reportagem, afirmam que os coordenadores do bloco – desesperados com a situação – chegaram a parar os veículos que levavam os músicos de volta à Bahia, nas proximidades do Povoado Santo Antônio (Gavião), a 5 quilômetros do evento. Após uma discussão, os seguranças da banda – armados – acabaram a “confusão” e o ônibus seguiu destino para Salvador.

A ameaça de quebra-quebra por alguns foliões e os “cordeiros” (homens contratados para fazer a segurança do bloco Nikoloco) que queriam queimar pneus na avenida, além das reclamações da população vararam a madrugada, nas ruas e pelas redes sociais, cobrando explicações e ainda o ressarcimento do dinheiro investido.
Os organizadores do bloco prestaram queixa-crime na 5ª Delegacia de Polícia contra a Banda Parangolé e o cantor Léo Santana e a comitiva com os ônibus da Banda baiana foram interceptados já nas imediações de Aracaju (SE) pela polícia alagoana que de forma diligente apreendeu os veículos em fuga.

A polícia reconduziu os ônibus e seus integrantes de volta à Delegacia de Polícia de Palmeira dos Índios para esclarecimentos. No local foi constatado que seguranças da banda estavam armados com pistolas automáticas e que um deles é integrante da Polícia Militar (BOPE) da Bahia. Após prestarem as informações às autoridades, os integrantes da banda e seus veículos foram liberados.
Segundo ainda integrantes da comissão organizadora do bloco Nikoloco, a banda levava em um dos veículos a quantia de R$60 mil pagos por seus coordenadores.

Coordenadora do bloco sentiu-se lesada pelos músicos baianos

 

Raquel Cavalcante, uma das coordenadoras do bloco Nikoloco disse à reportagem que prestou queixa por se sentir lesada pelo grupo musical Parangolé. Ela disse que havia pago 50% do contrato antecipado e que o restante seria pago antes de iniciar o show.
Porém – segundo Raquel – o grupo não aguardou o horário combinado para o pagamento causando todo esse transtorno. A contratante ainda chegou a dar como garantia do pagamento um automóvel, mas os empresários da banda se negaram a receber o bem como parte do pagamento.

Outra integrante da comissão organizadora do bloco Elisangela França – que está gestante – teve que ser internada no Hospital Santa Rita em virtude do forte abalo emocional causado pelo incidente.
Os representantes do cantor Leo Santana e da Banda Parangolé não quiseram falar à reportagem.

Comunicado da banda
Pela fan page da Banda na rede social Facebook, a Salvador Produções, empresa responsável pela carreira de Léo Santana & Parangolé, informou que “o show programado para o dia 25 de fevereiro na cidade de Palmeira dos Índios no Estado de Alagoas não aconteceu por descumprimento contratual por parte da produtora contratante que não disponibilizou os itens básicos de produção solicitado para a realização do show, inclusive o trio elétrico e nem arcou com o pagamento total acordado. A banda estava na cidade no horário combinado e pede desculpas à população, aos fãs e admiradores que foram à cidade prestigiar o show que infelizmente não aconteceu por motivos alheios à nossa vontade. Esperamos em breve voltar à cidade e ao estado de Alagoas que sempre recebeu Léo Santana & Parangolé de braços abertos. As devidas providencias serão tomadas pelo departamento jurídico”.