“Serei o senador da Educação e da Saúde”. Foi assim que o advogado Omar Coelho, candidato ao Senado, encerrou sua participação no debate0 da TV Pajuçara. Durante todo tempo, ele fez questão de ressaltar sua capacidade de articulação e trabalho em Brasília, lembrando inclusive a época em que presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas. Omar evitou entrar na troca de acusações e xingamentos distribuídos por Heloísa Helena e Elias Barros, que protagonizaram os piores momentos do debate. O candidato ainda lamentou a ausência de Fernando Collor que não compareceu para apresentar suas opiniões.
No primeiro bloco, Omar foi questionado por Heloísa Helena sobre suas críticas a pouca atuação dela no Senado em relação a conquista de obras para Alagoas. Omar lembrou que a adversária tem uma péssima relação com antigos correligionários e que já está novamente mudando de partido por falta de espaço dentro do PSOL. Na resposta, ele observou que os projetos de Heloísa nunca chegaram ao conhecimento dos alagoanos e que a vereadora não teve um bom mandato no Senado, por isso foi derrotada em 2010.
Em seguida, Omar questionou o coronel Brito sobre projetos na área de Educação. Na réplica o ex-presidente da OAB mostrou detalhes das suas propostas como a que federaliza o pagamento para professores do ensino básico, a obrigação de escolas em tempo integral e a que torna crime hediondo o desvio de verbas da merenda. “O combate à corrupção será uma das metas do meu mandato no Senado. Precisamos de firmeza na hora de agir, pois estamos falando do futuro dos nossos jovens e do nosso país”, afirmou, demonstrando que está acompanhando de perto a difícil situação da educação alagoana.
Omar foi perguntado no segundo bloco por qual motivo mantinha sua candidatura em uma disputa que já conta com dois velhos nomes da política alagoana: Collor e Heloísa. Lembrou que faz parte da democracia a participação de cada um, e opinou relembrando que é mais um dos tantos indignados com a ausência de resultados dos adversários, que já tiveram sua oportunidade no Senado e muito pouco fizeram por Alagoas. “Não posso me basear em pesquisa para apresentar um novo projeto ao meu Estado”, disse, relembrando que Biu de Lira também era o terceiro na última eleição para o Senado e ele terminou sendo o mais votado.
No terceiro bloco, Heloísa e Elias bateram boca e fizeram uma tumultuada troca de acusações – principalmente após a agressão do irmão da vereadora ao adversário (o que terminou com sua retirada do estúdio da emissora). Por outro lado, com bastante serenidade e objetividade Omar foi questionado por Oldemberg Paranhos sobre a saúde. O ex-presidente da OAB falou da criação da carreira de estado para médicos e enfermeiros, antiga reivindicação da categoria que nunca recebeu apoio dos outros dois senadores.
Omar ainda relembrou suas propostas como a conquista de recursos para o Hospital do Tabuleiro, uma proposta que está sendo feita pelo prefeito Rui Palmeira – que apoia Omar. O projeto de um hospital de clínicas também foi apresentado. “Alagoas precisa de uma pessoa equilibrada no Senado. Que possa buscar recursos e investimentos para fazer o Estado se desenvolver”, acrescentou.
No último bloco, nas considerações finais, Omar chamou atenção para o seu projeto diferenciado em relação aos dos adversários que já tiveram sua chance para representar Alagoas e nada fizeram. Ele voltou a repetir as propostas para Educação e Saúde, além de agradecer a oportunidade de conversar com os alagoanos frente a frente, sem ter fugido ao debate ou constrangido os adversários com agressões e a falta de equilíbrio. Omar voltou a enfatizar que não busca ser um senador ausente que cria problemas ou vira manchetes em escândalos de corrupção, nem que irá brigar com os outros senadores em Brasília.