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Governo chileno reforça medidas de segurança após atentado no metrô

09/09/2014
Governo chileno reforça medidas de segurança após atentado no metrô

Presidente chilena se reuniu com chefes de segurança do país nesta terça-feira - / Reprodução Twitter

Presidente chilena se reuniu com chefes de segurança do país nesta terça-feira – / Reprodução Twitter

SANTIAGO — A presidente chilena, Michelle Bachelet, pediu nesta terça-feira um reforço na segurança do metrô e de outros lugares em Santiago com grande movimento de pessoas, um dia depois após o atentado a bomba que deixou 14 feridos em Santiago na segunda-feira. Bachelet, que qualificou o atentado de “abominável”, também solicitou uma melhor coordenação de polícia e agências de inteligência. Segundo os investigadores, o atentado pode ter sido realizado por pelo menos três pessoas.
— Ações como essa não vão nos amedrontar. Não vamos permitir que um pequeno grupo de terroristas e covardes afete a vida da maioria — afirmou Bachelet no pronunciamento depois da reunião com os chefes de segurança do país.
A presidente garantiu que todos os recursos estão disponíveis para investigar o ataque terrorista, no intuito de chegar a resultados concretos em breve. Na reunião, que ocorreu na manhã desta terça-feira, as autoridades ainda discutiram a necessidade de aprovar uma legislação que estabeleça o controle de armas e explosivos.
Nas ruas de Santiago, já era possível ver nesta terça-feira uma maior presença policial, com as principais estações de metrô recebendo um contingente extra de 500 soldados, além do reforço da patrulha aérea. O sistema metroviário também desativou as lixeiras como medida preventiva.

    NOVAS PISTAS

O promotor Christian Toledo, encarregado do caso, informou que as últimas pistas reunidas indicam que o atentado à estação Escuela Militar foi realizado por pelo menos três pessoas.

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— Seriam mais de duas — disse Toledo, baseando-se no depoimento de testemunhas e imagens de câmeras de segurança.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela explosão até o momento. Mas, segundo informações do jornal “El Mercurio”, uma das câmeras de segurança captou a imagem de um homem deixando um pacote na mesma lixeira onde a bomba explodiria 20 minutos depois.
De acordo com a gravação, o suspeito é um homem magro, usando um chapéu, óculos de sol e lenço. Ele carregava um embrulho enrolado em uma jaqueta. Assim que ele colocou o objeto no lixo, deixou o local. As imagens foram obtidas após a análise de 20 câmeras pela equipe que investiga o ataque.
As investigações continuam nesta terça-feira com a análise dos registros da câmera de segurança localizada fora da estação de metrô, na tentativa de descobrir como o homem deixou o local. Neste sentido, há duas teorias: de que ele entrou em um dos trens do metrô ou saiu para a rua e pegou um ônibus.

    MÃE DE BACHELET ESTAVA NO LOCAL

O subsecretário de Interior, Mahmud Aleuy, espera que o atentado de segunda-feira não provoque novos incidentes perto do aniversário do 11 de setembro de 1973, quando o presidente socialista Salvador Allende foi derrubado e o ditador Augusto Pinochet subiu ao poder.
— É previsível que as pessoas possam se entusiasmar com este tipo de coisas. Vamos reforçar a segurança da cidade com todos os instrumentos que temos disponíveis — disse ele à rádio Cooperativa.
Nesta terça-feira, a presença de um objeto suspeito forçou o fechamento da estação Universidad de Santiago (USACH), informou a empresa de metrô na sua conta do Twitter.
Segundo o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, a mãe de Bachelet, Angela Jeria, estava na área onde ocorreu o atentado. Mas, como não estava próxima ao local onde o artefato explodiu, ela saiu sem ferimentos.
— Ela estava fazendo compras no local, na companhia de agentes da polícia, que sempre a acompanham — afirmou o ministro do Interior.