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São Paulo dá vexame e cai para o Bragantino no Morumbi

14/08/2014
São Paulo dá vexame e cai para o Bragantino no Morumbi

    C8C8A classificação que era tida como certa se tornou uma eliminação vexatória. Após vencer o Bragantino na ida por 2 a 1, o São Paulo jogava por um empate ou até por uma derrota por 1 a 0 nesta quarta-feira, no Morumbi. A equipe tricolor, que foi com uma formação mista para o campo, até abriu o placar, mas, com três falhas de Rogério Ceni, perdeu por 3 a 1 e está eliminada na terceira fase da Copa do Brasil.
Após sair em vantagem com Paulo Miranda com seis minutos de bola rolando, o São Paulo viu o adversário deixar tudo igual aos 22, quando Cesinha finalizou após cruzamento, e Ceni errou no tempo de bola.
Na volta do intervalo, o time tricolor sofreu com um problema recorrente: a bola aérea. Aos 19 minutos, Gustavo Carbonieri aproveitou cobrança de escanteio e saída ruim do arqueiro adversário e desviou para o fundo da rede.
Dez minutos depois, nova bola no alto complicou a equipe da casa. Rogério Ceni rebateu para o meio da área depois de novo escanteio, e Guilherme soltou a pancada para definir a vitória e a inimaginável classificação do Bragantino, que está na zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro.
A equipe de Bragança Paulista espera o sorteio para saber o seu adversário nas oitavas de final. Já o São Paulo segue sem vencer a competição nacional e terá de se contentar com a disputa da Copa Sul-Americana. Caso avançasse, a equipe tricolor não poderia disputar o torneio continental.

 O jogo

Nesta quarta-feira, uma queda de energia a pouco mais de uma hora antes do horário marcado para o início do jogo chegou a colocá-lo em xeque. Quinze minutos antes do jogo, porém, a energia foi restabelecida, e logo depois os dois times subiram ao gramado – o São Paulo, sem a música do AC/DC que tradicionalmente o embala da escadaria até o centro do campo. O silêncio só foi rompido com a execução do Hino Nacional.
Anunciada no telão – sem ajuda do alto-falante -, a escalação do São Paulo não tinha Kaká. Além do meia (nem relacionado), o técnico Muricy Ramalho poupou também o zagueiro Rafael Toloi e o volante Denilson. Já o lateral direito Douglas foi vetado de última hora. Assim, a formação voltou a ter Maicon e, como único armador de três atacantes (Ademilson, Osvaldo e Alexandre Pato), Paulo Henrique Ganso. Na defesa, ganharam chance Edson Silva e Luis Ricardo.
Iniciado o jogo depois de um minuto mais de silêncio e com bandeiras a meio mastro, em luto pela morte de Eduardo Campos (candidato à presidência), o placar não demorou a ser inaugurado. Aos seis minutos, depois de escanteio cobrado por Ganso pelo lado direito, o zagueiro Gustavo Carbonieri escorreu no gramado olhado, e Paulo Miranda subiu sozinho para cabecear.
Três minutos mais tarde, o São Paulo poderia ter ampliado a vantagem não fosse Ganso ter adiantado demais a bola após ser acionado com liberdade na entrada da pequena área. O meia dominou de frente para o goleiro Renan, deu três toques na bola e cedeu apenas tiro de meta. Aos 13 minutos, Ganso ainda tentou completar cruzamento de Osvaldo com uma bicicleta e atrapalhou cabeceio de Pato. Talvez com receio de se machucar, o atacante meteu a cabeça na bola sem direção.
A facilidade com que dominava a partida fez o São Paulo relaxar, e o Bragantino não perdoou. Aos 22 minutos, em boa jogada trabalhada pelo lado esquerdo, Bruno Recife cruzou rasteiro para a entrada da área, e Cesinha finalizou de primeira para o gol. A bola passou por baixo de Rogério Ceni, que até estava no lance, mas não impediu o empate. Três minutos depois, sim, o goleiro se recuperou a tempo de evitar o que seria um golaço de cobertura de Bruno Recife de longe.
Precisando de mais um gol para levar a disputa da vaga para os pênaltis, o Bragantino se empolgou. Quase conseguiu aos 38 minutos. Após falta cobrada pela meia direita, a defesa afastou a bola apenas parcialmente, e um cabeceio de Gustavo Carbonieri pegou Ceni no contrapé. Para sorte do goleiro, Paulo Miranda se atirou no momento exato e, com o bico da chuteira direita, impediu o gol em cima da linha. Antes do intervalo, o time interiorano ainda pediu pênalti em cima de Nunes.
Preocupado com a marcação falha, Muricy voltou para o segundo tempo com Denilson no lugar de Maicon, que, além de errar muitos passes, já tinha cartão amarelo. A substituição não fez efeito. Aos dois minutos, um cruzamento rasteiro e perigoso pela esquerda parou na defesa. Dois minutos depois, o volante Geandro arriscou da intermediária, Nunes desviou de cabeça no meio do trajeto e quase surpreendeu Ceni. Na jogada seguinte, Ceni soltou a bola após cruzamento vindo da direita e assustou a torcida, apesar da reclamação de falta.
Ceni voltou a sair estranhamente da meta aos 18 minutos, quando perdeu o tempo da bola e se esticou todo para desviar com a ponta da mão para escanteio. Na cobrança, um leve desvio de Gustavo Carboneri junto à primeira trave colocou a bola para dentro e o Bragantino em vantagem no marcador. Sete minutos depois, em outra cobrança fechada pelo lado esquerdo, Sandro por pouco (pelo travessão, mais precisamente) não fez um gol olímpico.
Mas o terceiro gol do Bragantino, que estava se desenhando, não demorou muito mais para sair. Após mais um escanteio pela esquerda, aos 29 minutos, Ceni deixou a meta e socou a bola para o meio da área, onde estava Guilherme Mattis. O zagueiro pegou o rebote de primeira e estufou a rede são-paulina. Um gol que pôs fim a qualquer chance de evitar a eliminação, já que o São Paulo precisaria balançar a rede mais duas vezes. Faltou energia, sobraram vaias.