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Medicamentos fitoterápicos para o SUS é tema de seminário

13/08/2014
Medicamentos fitoterápicos para o SUS é tema de seminário

Hortelã está entre as plantas que podem virar medicamento (Foto: Divulgação)

Hortelã está entre as plantas que podem virar medicamento (Foto: Divulgação)

  Babosa, Guaco e Hortelã são plantas que podem se transformar em medicamentos fitoterápicos para usuários SUS de Alagoas. Para discutir o assunto, foi iniciado nesta quarta-feira (13), em Arapiraca, o II Seminário sobre Plantas Medicinais e Fitoterápicos de Alagoas.
O evento, que prossegue nesta quinta-feira (14), no auditório do Planetário Municipal, é promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), sendo destinado aos profissionais e estudantes de saúde e também para os pequenos agricultores da Região do Agreste, além de representantes de comunidades indígenas.
Durante o seminário desta quarta-feira (13), foi realizada uma palestra sobre “As plantas medicinais e a sua cadeia produtiva no Brasil”, ministrada pela consultora técnica do Ministério da Saúde, Clarissa Giesel Heldwein. Na ocasião, a consultora falou sobre a portaria interministerial número 2.960 de 2008, que aprovou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas, além da criação do Comitê Nacional.
Clarissa Giesel informou que, atualmente, existem 12 medicamentos fitoterápicos industrializados no Brasil. Eles são produzidos a partir de matérias-primas como Babosa, Guaco, Aroeira, entre outros. Clarissa Giesel disse, ainda, que as Farmácias Básicas dos municípios só podem adquirir fitoterápicos que estão cadastrados e que atendam as normas básicas como registro na Anvisa. Além dos doze medicamentos atuais, encontra-se em processo de atualização a inclusão de mais fitoterápicos a partir de 2015.
O indígena Eduardo, representante da aldeia Tinguí Botó, em Feira Grande, elogiou a iniciativa, que tem como tema principal a fitoterapia, método muito presente entre os indígenas. “A medicina indígena é eficiente e totalmente fitoterápica. Nossa comunidade está à disposição para ajudar o Ministério da Saúde e a Sesau no que for preciso”, afirmou o índio.
Ainda no primeiro dia do seminário, foi apresentado um painel, que mostrou a experiência de sucesso do APL implantado na cidade mineira de Betim, além de minicursos. E também as ações do Projeto de Estruturação, Consolidação e Fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais (APL) em Plantas Medicinais e Fitoterápicos de Alagoas.
Também participaram do seminário, o chefe de gabinete da Sesau, Antônio de Pádua; o secretário municipal de Saúde de Arapiraca, Ubiratan Pedrosa, a representante do Conselho Regional de Medicina (CRM), Maria Aparecida Madeiro; entre outras autoridades.
Nesta quinta-feira (14), a programação será retomada com debate entre os participantes, minicurso e a apresentação do painel “Farmácia Viva”, tendo como exemplo a experiência da cidade cearense de Maracanaú.