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Paredões de pedra proporcionam belo visual em Delmiro Gouveia

07/07/2014
Paredões de pedra proporcionam belo visual em Delmiro Gouveia

Riacho do Talhado oferece banho tranquilo aos visitantes (Foto: Ascom Setur)

Riacho do Talhado oferece banho tranquilo aos visitantes (Foto: Ascom Setur)

   A segunda parada da série de reportagens Caminhos do São Francisco é na cidade de Delmiro Gouveia, ladeada por paredões de pedras que formam o cânion do rio São Francisco. A paisagem permite aventura para todos os gostos. Para os mais corajosos, a proposta é conhecer o Mirante do Talhado, berço para práticas de atividades radicais, como rapel, tirolesa e canoagem. Já quem prefere mais tranquilidade, pode navegar de catamarã e conhecer a antiga casa de máquinas de um dos mais importantes complexos hidrelétricos do mundo, a usina Anginquinhos.
O município de Delmiro Gouveia faz divisa com Sergipe, Pernambuco e Bahia. Partindo de Maceió, são 283 quilômetros a serem percorridos. A formação de Delmiro foi através do Povoado Pedra, que se constituiu a partir de uma estação da estrada de ferro da Great-Western. Em 1913, a Usina Hidrelétrica de Angiquinhos foi instalada, mas o desenvolvimento econômico do município foi a partir de 1914, com a instalação da Companhia Agro-Fabril Mercantil (Fábrica da Pedra), indústria que fabricava linhas, atraindo muitos moradores para a região.

   Angiquinhos

Localizada entre Paulo Afonso (Bahia) e Delmiro Gouveia, Angiquinhos foi construída para trazer energia elétrica para a região e foi responsável por abastecer o Sertão Alagoano com energia elétrica. Conta a história que durante a construção, ao verem a localização da casa de máquinas da Usina, que é encravada no paredão do cânion, os responsáveis pela obra tentaram recuar, mas foram ameaçados pelo industrial Delmiro Gouveia, que os obrigou a descer em um elevador improvisado por cordas trançadas de couro, debaixo da mira de uma arma.
Atualmente, a hidrelétrica é administrada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), em conjunto com a prefeitura de Delmiro Gouveia. Em 2012, foram gastos aproximadamente um milhão e meio de reais para restauração total da usina e do elevador que leva à caverna. A usina, que desde 2006 é patrimônio Alagoano, foi transformada em um ponto de visitação turística, que além de proporcionar uma vista diferenciada da cachoeira, também atrai o turismo com foco histórico, educacional, ambiental e cultural.

   Esportes Radicais

A tranquilidade do centro de Delmiro Gouveia, ideal para fazer o turismo de visitação de seus casarões e da antiga ferrovia, é o oposto das atividades praticadas na calmaria do cânion. Descer de tirolesa, trilhar de canoa pelas águas do Velho Chico ou escalar o paredão de pedra são algumas das atividades que precisam ser agendadas previamente com empresas especializadas e certificadas pela Associação Brasileira de Ecoturismo e Turismo de Aventura. Quem não curte fortes emoções, pode se deliciar com um banho nas águas do Velho Chico. Restaurantes e empresas de receptivos realizam estas experiências inesquecíveis.
A gastronomia de Delmiro Gouveia não pode passar despercebida. O cardápio é composto por peixes de água doce, que são mais “carnudos” e consistentes, como o atum e o salmão. Outras delícias são galinha guisada e o bode assado, que acompanham iguarias tipicamente nordestinas como macaxeira, feijão de corda e cuscuz.