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Palmeira dos Índios: Provedor declara que faltam recursos; prefeito diz que não deve um centavo

16/07/2014
Palmeira dos Índios: Provedor declara que faltam recursos; prefeito diz que não deve um centavo

 

Foto: Roberta Sampaio

Foto: Roberta Sampaio

Desde que foi veiculada em alguns sites a informação de que o hospital regional Santa Rita em Palmeira dos Índios estaria prestes a “fechar as portas”, a população de palmeirense está inquieta. A primeira informação, vale salientar que enviada para grande maioria da imprensa alagoana pelo e-mail: patrí[email protected], dava conta de que a falta de repasse municipal poderia fechar o Hospital Santa Rita, e que o único hospital da cidade deveria decretar falência e fechamento ainda esta semana, pois, tinha a receber da Prefeitura aproximadamente R$ 1 milhão e 600 mil reais, que estavam atrasados há dois meses.
Ainda no e-mail, foi informado de uma reunião que aconteceria entre Diretores, médicos e mordomos do Hospital. Diante da informação a reportagem entrou em contato com a direção do hospital ainda na noite do último domingo (13), por telefone e o Dr. Roberto Salgueiro, Provedor do Santa Rita,  disse que algumas informações eram verdadeiras, outras não. E que realmente estaria se reunindo com os outros diretores para discutir a decisão, pois existia a possibilidade de fechar apenas o atendimento feito na urgência do Santa Rita, e não de todo o hospital.
Salgueiro informou que o motivo seria a falta de repasse feito pela prefeitura e alegou ainda que, com a chegada da UPA (Unidade de pronto Atendimento), haveria uma diminuição dos recursos que o hospital recebia e que isso poderia provocar o atraso no dos pagamentos na unidade hospitalar e que os R$ 160 mil reais destinados à UPA fariam falta no orçamento do Santa Rita.
Então, sem os recursos, Salgueiro disse que estaria à vontade para não atender à demanda da população, que deveria procurar primeiro a UPA e só depois os pacientes deveriam ser encaminhados para a emergência do hospital, ficando assim, com disse o médico: “na retaguarda”.

 

James diz que diretoria é incompetente

 

Após tomar conhecimento dos fatos, o prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro, concedeu entrevista por telefone a uma rádio local na manhã desta quarta-feira (16), onde o provedor do hospital também falou minutos antes de James. O gestor desmentiu veementemente a informação de que o município estaria devendo recursos ao hospital de Palmeira.
James acusou a administração do hospital de ser incompetente, e fez denúncias da má qualidade de atendimento, afirmando ainda que irá pedir uma auditoria para investigar os gastos dos recursos que estão sendo destinados ao hospital. Ribeiro disse que depois da chegada da UPA, o Santa Rita está recebendo mais R$ 300 mil por mês para o hospital dar o apoio necessário aos pacientes encaminhados pela Unidade.
“O município não deve um centavo ao hospital Santa Rita. O que está acontecendo é uma grande incompetência da atual administração. Iremos fazer uma denúncia ao Ministério Público pedindo uma auditoria. Precisamos abrir essa “caixa-preta” que existe no hospital”. garantiu James Ribeiro.
James disse que, na época em que o Dr. Sebastião Lessa assumiu como provedor, o hospital recebia pouco menos de R$ 400 mil reais por mês, e hoje o município repassa mensalmente ao hospital R$ 1 milhão e 600 mil. E que a agonia da população é devida a má gestão da atual direção. “Os recursos vão chegando e eles pedindo cada vez mais, devido a falta de planejamento e incompetência dessa diretoria”.
Ribeiro fez várias críticas ao atendimento do hospital ao dizer que “as pessoas sabem do medo de passar mal e precisar dos serviços do hospital, onde elas são mal atendidas, falta médicos de plantão e na UTI, que conta apenas com um médico para fazer todo o atendimento. Nós vamos provocar uma auditoria porque queremos saber para onde está indo esse dinheiro que é destinado ao hospital”, declara.

 

Ainda de acordo com o gestor, as afirmações do provedor do hospital são levianas e o município deverá ainda processar a direção do hospital por danos morais e calúnia.