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A Saga dos Veiga (XLII)

19/07/2014
A Saga dos Veiga (XLII)

    Doutor Judá Fernandes de Lima, médico renomado viçosense, radicado na próspera Arapiraca, casado com a poetisa/ escritora Almira Gouveia Alves Fernandes, sua cara/ metade, nas suas andanças tem prestado relevantes serviços às letras caetés,  bem como às famílias VEIGA TEIXEIRA LIMA X MADEIRO FERNANDES COSTA. Por conseguinte, vem sendo laureado em diversos certames literários nacionais.E, consequentemente, consagrou-se como escritor de seu tempo.
Dentre os livros publicados, destaca-se Um Genuíno Tangerino ( 2002) que, por sinal, narra com propriedade a história de seu querido/ saudoso  genitor João Fernandes da Costa. Peguei carona para escrever a SAGA DOS VEIGA DE PAULO JACINTO, terra/ mãe que me viu nascer em 3 de fevereiro de 1946. À época, como então Vila pertencia ao município de Quebrangulo e, portanto, desmembrou-se do berço de Graciliano Ramos em 2 de dezembro de 1953. Historicamente, sou conterrâneo do autor de “ Vidas Secas” (1938).
Nesse sentido, a obra tem sido fonte de pesquisa para trazer à tona a história de nossos ancestrais.Notadamente, do nosso avô materno José Luís da Veiga Lima, capitão Cazuza, que deixou marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar.
Pois bem, o capitão Cazuza casou-se pela primeira vez com a saudosa Josefa Fortunato da Costa ( Dondom), dessa união nasceu o único rebento João Veiga de Lima ( 24-4-1892/8-12-1963. Coincidentemente, nasceu no mesmo ano do autor de “ Angústia “. Escritor que foi preso em 1936 por ordem do então oficial do Exército Mário Lima, pai do secretário de Cultura de Marechal Deodoro, Carlito Lima. Diga-se, de passagem, nenhum advogado teve coragem de enfrentar  o ditador Getúlio Vargas, às vésperas de decretar o Estado Novo ( 1937/1945).
A viuvez bateu à porta do velho capitão Cazuza, casando-se pela segunda vez com Josefa Teixeira Lima, Dona Moça, nossa avó materna que, por sua vez, faleceu ainda jovem deixando os seguintes filhos:Luís Veiga de Lima (13.9.1897/23.2.1981); Antonina Veiga de Lima (Nina), tia/madinha minha ( 21.10.1898/3.4.1895; Mário Veiga de Lima ( 22-11-1899/28.6.1985; Maria Veiga Sandes ( 1900/1958); Gertrudes Magna de Lima Costa – Tude – mãe do Dr. Judá Fernandes de Lima ( 15-11-1903/24.5.1988); Maria Romeira Veiga Costa ( 21.4.1906/6.3.1981); e, finalmente, Maria José Rocha – Naninha – minha inolvidável mãe que, acredito fielmente, que esteja desfrutando das beneses da mansão Celestial ( 26.6.1907/2.9.1987). Casou-se com meu genitor João Cícero Laurentino Rocha. Dessa união nasceram: Tabita (in memoriam); professora Maria de Jesus Rocha Barros; José Tadeu; economistas Cícero/Laurentino Veiga; poeta Nilson Fernando/professora Tereza Veiga, ambos radicados no berço de Fausto Cardoso/Tobias Barreto.
Dir-se-ia que pretendo escrever cinquenta artigos a fim de imortalizar a memória de nossos ancestrais. Em sendo assim, o prefácio do livro ficará por conta do escritor Judá Fernandes de Lima . Tem sido exemplo de trabalho/dignidade/ética e, sobretudo, de amor à família mesmo não ostentando VEIGA no seu nome. Aliás, sua sábia mãe registrou todos os filhos prestigiando o LIMA do avô Cazuza, bem como FERNANDES de seu querido esposo.
A bem da verdade, o importante são os laços sanguíneos que nos une sedimentando uma lealdade recíproca. Afinal, dissera o escritor lusitano Fernando Pessoa: “ Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Por essas e outras razões, o primo/irmão Judá tem sido espelho para que possamos enxergar o valor da luta, da pertinácia do clã dos VEIGA DE PAULO JACINTO. Aos 81 anos de profícua existência, desejo-lhe longevidade ao lado de sua honrada família, filhos/netos. E, por extensão, ao lado dos irmãos professoras Ruth/Judith/ Jessé. Ao ensejo, peço ao Deus todo-poderoso que dê o descanso eterno aos primos doutores José/Manoel Fernandes. Organização: Francis Lawrence.