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Secretaria da Mulher apoia debate sobre abuso sexual de crianças e adolescentes

04/06/2014
Secretaria da Mulher apoia debate sobre abuso sexual de crianças e adolescentes

  debateabusosexual  A Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos (Semcdh), em parceria com a Prefeitura de Maceió, realizou nesta quarta-feira (04), na Escola de Magistratura do Estado de Alagoas (Esmal), o CinEducação. A ação visa debater o conteúdo do filme Marcas do Silêncio com a finalidade de propiciar reflexões acerca da problemática do abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.
O evento, que foi articulado pela Superintendência de Políticas para Crianças e Adolescentes, em parceria com o Centro de Atenção Integrada à Criança e ao Adolescente (Caica), tem como objetivo sensibilizar coordenadores e técnicos pedagógicos do Programa Mais Educação, bem como assistentes sociais da rede municipal de ensino. Será explorada a temática relacionada ao mês de enfrentamento ao abuso e à violência sexual contra crianças e adolescentes.
O superintendente da Criança e do Adolescente, Claudio Soriano, destacou a violência sexual como a violação mais predominante nas estatísticas em Alagoas. “Um terço de todas as agressões contra as crianças está relacionado à violência sexual. Aproximadamente 75% de todas elas que sofrem esse tipo de violência são as meninas e 25% os meninos. O mais grave é que, principalmente, crianças a partir de 12 anos sofrem abuso sexual dentro de casa’’, concluiu.
Segundo a psicóloga Dina Ávila, que conduziu o debate, o momento de reflexão acerca do filme, onde é traçado o perfil de uma mãe bastante submissa ao amor pelo marido, foi importante para observar que as mães das crianças são tão vítimas quanto os filhos.
’Este momento é fundamental para que as escolas da Secretaria Municipal de Educação (Semed) passem a respeitar, observar e ressignificar esta mãe como uma pessoa também vitimada, pois elas também são vítimas desse agressor por manter uma padrão familiar de homens agressores que a sociedade constrói. A importância é que as escolas da Semed também percebam esta mãe também neste olhar e neste perfil psicológico’’, destacou a psicóloga.
O debate aconteceu nos dois períodos (matutino e vespetino) e contou com a participação de representantes do Centro de Atenção Integrada à Criança e ao Adolescente (Caica), Núcleo de Diversidade Sexual na Educação (Nudise), Centro de Referência dos Direitos Humanos do Estado de Alagoas e do Programa de Proteção à Criança e aos Adolescentes Ameaçados de Morte – PPCAM.