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Itália vence o calor e a Inglaterra na Arena Amazônia

15/06/2014
Itália vence o calor e a Inglaterra na Arena Amazônia

baloteliO temido calor de Manaus, no fim das contas, pouco influenciou no resultado. Umidade alta, entre 28 e 30 graus na Arena da Amazônia. Inglaterra e Itália, porém, fizeram um jogo de temperatura bem mais elevada neste sábado, na única sede da Copa no Norte do Brasil. Movimentação intensa, troca de passes, muitas chances criadas. E os italianos, campeões mundiais em 2006 e vergonhosamente eliminados na frase de grupos em 2010, reencontraram a vitória no torneio ao fazer 2 a 1.
As duas seleções criaram 30 chances de gol na Arena da Amazônia. Os ingleses arriscaram mais, 18 vezes, boa parte em chutes de fora da área. Os italianos focaram na posse de bola e na visão de jogo de Andrea Pirlo para achar espaços na defesa rival. Candreva, em grande atuação, foi a opção mais efetiva.
Com precisão no ataque e consistência defensiva, a Itália volta a vencer em Copas após passar em branco na África do Sul-2010. O próximo duelo, contra a Costa Rica, no próximo dia 20, em Recife, passa a valer a liderança do Grupo D. Para os ingleses, o encontro com o Uruguai passa a valer a reabilitação em uma das chaves mais equilibradas desta Copa.

Copiando o adversário
Sem Buffon no gol italiano, vetado por conta de uma torção no tornozelo, a Inglaterra usou o início de jogo para testar seu substituto, Salvatore Sirigu. Em 15 minutos, foram quatro chutes de fora da área. O primeiro, com Sterling, bateu na rede pelo lado de fora, mas arrancou grito de gol da torcida. No segundo, Henderson mandou com efeito, mas o goleiro rebateu – Johnson e Sturridge erraram o alvo em suas tentativas.
A Itália, sob a batuta de Pirlo, apostou na troca de passes para atacar, principalmente pelo lado direito, com o lateral Darmian, que fez Baines, seu marcador, suar mais do que com o calor de Manaus. Na melhor chance, aos 33, ele cruzou e Balotelli tentou a cabeçada, sem sucesso.
Os gols do primeiro tempo, no entanto, saíram em situações inversas. Aos 34 minutos, após um escanteio curto cobrado da direita, Pirlo fez o corta-luz e Marchisio, de fora da área, chutou forte e cruzado, no canto direito de Hart, para abrir o placar para a Itália. A resposta foi imediata. Aos 36, Rooney cruzou da área e achou Sturridge na pequena área para empatar. Em seguida ocorreu um lance surreal: Gary Lewin, fisioterapeuta da seleção da Inglaterra, machucou o tornozelo esquerdo na comemoração e deixou o campo na maca.

Uma avenida para atacar
O ponto fraco da defesa da Itália era Paletta, mas os ingleses não souberam transformas as falhas em gols. Já a Itália chegou ao segundo gol graças à avenida abertura no lado esquerdo da defesa adversária, que deveria estar sob a guarda de Baines. O lateral do Everton tomou o drible de Candreva, que cruzou na cabeça de Balotelli.
Foi na fraca atuação do lateral-esquerdo do Everton que a Itália tentou se apoiar para aumentar a vantagem. Darmian e Candreva dominavam o setor, mas Hart e a falta de pontaria impediram que mais gols saíssem.
Com Barkley e Wilshere em campo no segundo tempo, a Inglaterra passou a ter mais controle das ações, mas superar a barreira defensiva italiana foi mais sufocante do que a alta temperatura do Amazonas.