Geral

Holandeses comemoram em Brasília, sem acreditar na vitória

13/06/2014
Holandeses comemoram em Brasília, sem acreditar na vitória

  4espanhaholanda_1  Incrédulos, os holandeses comemoram a vitória sobre a Espanha. “Claro que não esperava ganhar, foi incrível”, disse com um sorriso no rosto o ministro-conselheiro da Embaixada dos Países Baixos (Holanda), Paul Zwetsloot. Ele abriu as portas da própria casa, em Brasília, para reunir a torcida holandesa.
“A Espanha é uma equipe muito forte, mas eu acho que a defesa espanhola foi muito fraca, especialmente o goleiro, que cometeu muito erros. Isso tornou o jogo muito mais fácil para nós”. Antes de concluir a análise do jogo, Zwetsloot foi carregado por dois colegas, que o jogaram na piscina. “Disseram que é tradição, mas eu nunca ouvi dizer, virou tradição agora”, explicou ele, enxugando-se em uma toalha.
Brasileira, Samantha, de 11 anos, comemorou com o pai, o holandês Jörgen Leeuwestein, funcionário da embaixada. “Na última Copa nós perdemos, agora é a revanche”, disse. A Holanda venceu por 5 a 1. No Mundial de 2010, a Espanha ganhou por 1 a 0, com gol de Iniesta. Desde então, a atual campeã do mundo teve a derrota mais séria no ano passado, na final da Copa das Confederações, quando o Brasil a venceu por 3 a 0.
Os espanhóis também acompanharam o jogo sem acreditar. “No me gusta”, bradou Carmen Paula, antes de se retirar da sala onde estava acontecedo a transmissão do jogo, no Instituto Cervantes. A Holanda acabava de fazer o quarto gol. Casillas se atrapalhou na saída de bola e perdeu para Van Persie, que marcou seu segundo gol na partida e o quarto dos holandeses, impondo a goleada.
“É um pouco triste. A gente queria ver a Espanha ganhar”, diz a funcionária da Embaixada espanhola María Guzmán, mãe de Carmen. Ela comprou chapéu, enfeites, e o mais difícil, a bandeira, para torcer: “Quase não encontro a bandeira da Espanha; só tem do Brasil”.
“A Espanha pode chegar lá. Ainda podemos reverter isso”, disse, esperançoso, o administrador do Instituto Cervantes, o espanhol Tomas Fraile.
Esta foi a primeira vez que os dois finalistas de um Mundial se encontraram no mesmo grupo na Copa seguinte. O resultado colocou a Laranja Mecânica, como é conhecida a seleção holandesa, na liderança de um dos grupos considerados mais equilibrados da competição.
Com esse resultado, a Holanda lidera o Grupo B, com três pontos e grande vantagem no saldo de gols, critério de desempate para classificação à próxima fase.